Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





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Tuesday, January 17, 2017

 

l'été 1995 SAL 1997 FLP 1998 FLP 1998 RIO 1999 SP 2002 SP 2003 PAR 2005 PAR 2007 PAR 2012 RIO 2013 RIO 2015 LIS 2016 SP 2017 SP l'hiver 1997 GRA 1998 RIO 2000 LIS 2000 PAR 2001 SP 2002 SP 2006 PAR 2008 SP 2009 PAR 2015 LIS [sobre os outros: meia-estação, médio, morno, ou simplesmente coisas que se perdem]


-kikks 11:31 PM

 

(verão 3)

jardim, rapé, praça, morro, play, pernilongo, pista, escadaria, dança, enquanto, rua, madrugada, rua, beco, cerveja, xixi, dama da noite, tango, escombros, sombras, luz, muro, deck, árvore, 46, árvore, céu, feliz ano novo, cabana, lençol sujo, terraço, vista, flor, parque, grama, exposição, peixe, morte, abraço, topografia de corpo, desenho, instalação, vista, sanfona, pele de foca, pele da alma, perfume, máscara, coisa pouca que foi muita, cheiro que desbota.


-kikks 11:24 PM

Saturday, July 25, 2015

 

(verão2)

rotina completamente preenchida por um corpo que dança e anda, letras que brotam das pedras, sol escaldante, praia nas ruas da Mouraria, peregrinação pelas escadarias da Graça, corpo cansado, uma história escrita para ser contada para uma multidão no escuro mas que tinha um só interlocutor, energia que amplia, cotidiano compartilhado, kimono de lantejoulas pretas, despedida sem choro, atravessa oceano inteira, céu, avião, crianças e chás, envelope vazio na esquina da Henrique Schaumann com a avenida Brasil, café-bomba, um colar que passa de pescoço em pescoço, lágrimas nos olhos - são tantos os pares de olhos, um abraço em uma praça à noite. a vida que se vive, a que se viveu, a que está por vir.

*

(verão 1)

dias como nome de filme do Ozu, reencontro com quem já morreu, rosa branca, cura.


-kikks 1:32 AM

 

em Lisboa, revisito a escrita da inocência. inocência perdida. há meses revisito o passado mais longínquo. o medo da água. a estopa que toca o corpo. imagens de feira e o cheiro da mangueira azul que lava o quintal, água as plantas e sacia a sede de crianças pobres. arquivos reabertos - imagens, textos e memórias. vida vivida, sentida, sonhada, pressentida. sons que atravessam oceanos. pés que beijam o chão, chão que beija os pés. mãos pretas de fuligem das ruas do Bom Retiro, das memórias da Mouraria. corpo-museu-arquivo-biblioteca de sabores, sons, cores, cheiros. cinzas de noites, madeira e papel queimados, janela entreaberta. 


-kikks 1:21 AM

Monday, March 31, 2014

 




-kikks 1:24 PM

Wednesday, May 29, 2013

 

denso vazio
sentimentos esparsos 
silêncio autografado



-kikks 7:13 PM

 

foram-se palavras, sonhos, imagens. foi-se o desejo. foice. raiva.
água que inunda e arranha pés gelados em céu branco. 
denso vazio. sentimentos esparsos. silêncio autografado.



-kikks 6:54 PM

 

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado, 
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.


Cecília Meirelles


-kikks 6:47 PM

Monday, April 08, 2013

 

agachada na escada rolante no meio da multidão


-kikks 11:33 PM

Monday, February 25, 2013

 











12 anos separam o inverno do verão, a madrugada nos Jardins do alvorecer em Laranjeiras. a recaptação de serotonina guiada por processos diferentes - das pílulas para a pele. a luminária virou luz entrando pela janela. o excesso de tinta no cabelo não existe mais. em 2001, eu era guiada pelo desafio e pela ansiedade. melancolia alternada com excesso de prazer. minha obsessão era o outro. hoje busco incessantemente algo que talvez nunca encontre e o outro me reflete em seu olhar.


-kikks 12:16 AM

Monday, February 18, 2013

 

na caixa de correspondências, alguns envelopes ainda fechados.

teve medo de abrir.

ler a palavra 'saudade' em contextos diversos.
para destinatários diversos.

recolhimento de palavras entupidas.
marcas de dedos pelo corpo.
o olhar voltado para o chão, para a parede, para a janela do ônibus.

o suor escorrendo, alguns fios de cabelos grudados.

a menina da música fazia um brinco.
mas o que ela carregava nos peitos era um grande colar.


-kikks 12:47 AM

 

o estopim era uma única palavra:

PRIVÉ

dizia a placa na porta.

era um aviso geral, mas tocou fundo na alma.


-kikks 12:39 AM

 

pediu que continuasse falando baixo até poder não escutar mais essa voz.

pediu que fechassem a porta.
sem trilha sonora.
um pedido quase de quem não quer nada.

*

quando mais nova, achava que era uma praga ou maldição.
podia começar em abril ou maio.
o clímax era em junho, julho.
às vezes, perdurava até agosto.

encontrou uma explicação provisória em Haruki Murakami
"no aquário das minhas memórias é sempre fim de outono".

depois entendeu um pouco mais e ganhou até nome científico.

no outro hemisfério, a tortura poderia começar em outubro.
e fevereiro era tempo de arrancar a tinta da parede.


*

há cinco anos, descobriu uma outra recorrência.
ou conjunção astral, whatever.

rodou a baiana em tantas línguas que achou que o destino seria Saint Anne.
e se fosse, seria grande a ironia porque era sinal de mais pura sanidade.
de pureza, de refresco de alma, de liberdade.




-kikks 12:38 AM

 

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