Abrindo o Livro de Cabeceira
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Friday, December 30, 2005 essa veio do AndyCarlos Castaneda ?Las enseñanzas de Don Juan? O xaman diz pro discípulo: ?Qualquer caminho é tão só um caminho e não é nenhuma ofensa nem pra si mesmo nem pros outros abandoná-lo se assim o dita teu coração. Olha e observa todos os caminhos de perto e deliberadamente. Faz isso tantas vezes como ache necessário. Depois pergunte pra vc mesmo, e só pra vc mesmo, o seguinte: Tem este caminho um fundamento? Se o tem, o caminho é bom; se não o tem, não serve pra nada.? -kikks 8:30 PM
Sunday, December 25, 2005 welcome to TEXAS-kikks 2:44 AM
o jardim parece straight story: lua mesmo quando ainda é dia estrelas no fundo negro a única parte estranha de tudo isso é que se ouvem os barulhos das máquinas que alimentam as casas ou seria minha imaginação? parece que estou no meio do nada, isolada em um mar de convenções e aparências tem momentos em que respirar é um pouco difícil, chega a doer o estômago são as trocas que a vida oferece e cabe à gente aceitá-las ou não só não imaginava que tudo isso viria à tona tão cedo, logo nos primeiros dias -kikks 2:39 AM
Thursday, December 15, 2005 isso não é para ser um peso, de jeito nenhumse tem sol, eu vou até a janela e abro a caixa. olho para a vida desbotando e deixo minhas mãos livres para que as letras escorram. tinha dias em que eu estava trancafiada em um prédio e o que me salvava, se você quer mesmo saber, era abrir a caixa. pedaços de areia com vida, transformados em cinzas. tem quem chame isso de memória. quando a memória se materializa em um gesto ou em uma fala, que nome ela recebe? -kikks 7:44 PM
nenhum erro: mantendo as costas retas sem sentir o corpo; caminhando no pátio, sem reparar nas pessoas.
-kikks 7:43 PM
eu não escrevo metáforas apenas aquilo que eu vivo que isso fique bem claro -kikks 7:25 PM
corredores de vento em dias de sol
-kikks 7:24 PM
terminar uma frase em vírgula às vezes, a vida faz isso com a gente, (e tem dias, como hoje, que além da vírgula, há um ponto) -kikks 7:23 PM
se eu tivesse naquele prédio horrível, quebraria os vidros para despencar. depois, acenderia um cigarro em frente à livraria, ficaria com um certo nojo dos adolescentes passeando. foi lá que em uma tarde fria eu me escondi atrás de paredes plastificadas para dizer olá,
-kikks 7:20 PM
ainda há sol na varanda. na rua, homens de braços fortes guardam as caixas para irem para casa. eu vejo alguns melões encaixotados. vidas armazenadas em quinas. por dentro, é tão confortável, ver os braços, as caixas, as frutas, escutar uma voz que vem de longe. mesmo a teia de aranha guarda resquícios de folha. pontos verdes em superfície invisível. cada flor cai de um jeito. algumas viradas para baixo, outras para cima. 22 graus e barulho. o chão vai ser lavado. vontade de deitar no asfalto e pedir para que me levem. leve.
-kikks 7:15 PM
eu acho que entendi
-kikks 7:14 PM
Tuesday, December 13, 2005 xilogravura de Eishosai Choki"partir, chorar, reunir-se novamente. ficar à espera, voltar a encontrar-se - assim é a vida" -kikks 1:20 PM
Monday, December 12, 2005 volume tão baixo,quase não dá para ouvir -kikks 1:45 AM
Saturday, December 10, 2005 foi a primeira vez na vida que me dei conta que alguns eventos se cruzam de tal maneira que é inevitável deixar de viver.-kikks 4:12 AM
dez anos se passaram e eu te encontro por acaso em uma esquina. nem sei como eu parei naquela vitrine. parei para fazer as contas. acho que faz dez anos que eu tive um beijo debaixo de chuva. um ano depois, peguei um ônibus que passava por uma estrada que tinha cara de sertão. eu ouvia meu coração. pensava se todas aquelas pessoas que estavam suando nos bancos de couro alguma vez já tinham feito uma viagem daquelas com uma mochila nas costas. a primeira de muitas - eu nem sabiam que seriam tantas rodoviárias e aeroportos no meu caminho. andei de mãos dadas com uma menina de mãos muito pequenas e um nome estranho. pés descalços. a sola dos pés ardiam de tão quente. tranquei a porta de vido e você nunca mais entrou. deixei você sentado em uma calçada. era tão bonita a vista! eu tomava tequila, limão e sal e via o mar. ar quente e abafado. tinha um terraço, um telhado e o mar. tinha uma estátua em algum lugar e mesas bem postas. você sempre atrás de um balcão, cabelos nos olhos. e agora ver que seus olhos estão mais limpos, sua alma inquieta e calma, os toques suaves. voltei para um quarto de hotel. um quarto que não era meu. não haviam mais portas de vidro nem areia na sola dos pés. era tudo limpo. vi o dia amanhecer e um táxi indo embora: mais uma partida, mais uma despedida. estradas - e não céu. olhos azuis, cabelos negros. deparei-me com marguerite duras em uma prateleira e mal sabia que ela contava uma história de dez anos depois. foi de frente para a mesma praça para onde vou tomar um café quando quero me transportar para outras cidades, para outros passados. mal sabia que você contava a mesma história, de mãos e personagens com nomes que se repetem. cruzei o círculo polar e lá me aquietei. o ar agora está mais fresco.
-kikks 3:52 AM
Friday, December 09, 2005 meu desejo é hoje. não daria nem tempo de fazer uma viagem. eu queria era dar um abraço desses de ficar pendurada no pescoço. e saber ler qualquer resposta, não importa qual, no seu sorriso e na sua pele. não falo de respostas a perguntas. falo do silêncio e tudo aquilo que ele pode - ou não - comunicar. tem dias que é realmente mais difícil mesmo sabendo no fundo o que guia tudo isso.-kikks 7:02 PM
jogo palavras pela janela
-kikks 7:02 PM
Wednesday, December 07, 2005 se este caderno não tivesse tantos cheiros e nervuras eu não acreditaria que ele é de verdade-kikks 3:20 AM
Tuesday, December 06, 2005 a anna tinha um escadão lindo que dava para um lado de são paulolugar para sentar e tomar um café em dias de sol (de frio também) a dani (melhor, o gui) tem uma máquina de escrever antiga que escreve lugar para sentar e escrever uma carta longa, daquelas que falam dos corredores de sol que se formam através de janelas de vidro, que falam de memória e vida -kikks 9:40 PM
BACK SPACE -kikks 9:39 PM
mas o que se passava pela minha cabeça antes do pinheiro era outra coisa. eu relia yoko ogawa em pensamento - o pouco que conhecia. como é fácil voltar à vida, encontrar algum ar. passos leves numa pasta azul. o vetor pode ser qualquer um. pode ser um cheiro de lençóis recém-usados, de um caderno na segunda prateleira do armário, cheiro de uma pequena pilha de imagens amontoadas que se ajeitam na caixa mais bonita. isso não tem cor. não aquelas definidas com número e letras, com nomes ou organizadas em caixas.
-kikks 8:48 PM
o resultado de uma chuva leve com muito vento é uma aparente serenidade. escorrem águas pelas folhas e os brotos parecem mais verdes. não sei se é o contraste que faz tudo parecer tão calmo assim. as gotas chegam de novo e ele parece mais forte. balança, trepida e seus brotos não caem. o movimento é o mesmo dos meus dedos. caíram gotas por poucos segundos. os primeiros depois que comecei a escrever. a duração de três frases. se o tempo fosse medidos por frases em vez de minutos, eu me veria obrigada a escrevere, falar, ler e reler uma sentença tão longa até que pudesse encontrar-me de novo. o vento persiste. ventania.
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