Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





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Saturday, August 26, 2006

 

poderia ser o rio de janeiro. um pouco de vento quente na nuca e ônibus lotado. há quem diga que, daqui para frente, as coisas serão assim: pessoas desconhecidas e um reflexo esguio nas superfícies envidraçadas. há transparência mesmo na escuridão. e algumas luzes aqui e lá. há quem diga tantas coisas. e há quem não diga nada... o lado de fora é o conforto. a varanda conta histórias antigas bem baixinho. o golpe é do lado esquerdo, na altura do pescoço. lágrimas, abraços, amor na palma das mãos. na cozinha, surgem algumas histórias e um pouco de vida. na frigideira, na tomada onde está ligado o café. tem vezes que não me reconheço. e outras em que me encontro tão profundamente, mesmo com o olhar sem direção, que dá até medo. as memórias estão todas lá. as referências mais próximas, distantes. me pergunto se as rupturas realmente têm de ser dolorosas. não necessariamente. o vazio é um vácuo insuportavelmente leve. como dois pés que se esfregam debaixo de um lençol. não existe nem nome nem endereço certo. não existem referências. apenas sensações e uma dor que quase não dói, mas que se faz presente quando me pego distraída. rupturas, pele rasgada. o nome do livro é kimonos descosturados. assim, a gente vai se desvendando, se desencontrando mesmo quando os pés caminham em ritmos diferentes, direções aparentemente opostas. as memórias estão todas lá. tem um cheiro que vem de longe e traz consigo algo familiar. respiro. mais uma vez. de novo. me vejo em paredes através de rostos que não são meus. reconheço gestos. se eu parar agora onde é que vou parar?


-kikks 11:46 PM

Sunday, August 20, 2006

 

por trás da árvore grande, um sol pequeno
vejo lá no fundo casinhas coloridas



-kikks 8:00 PM

Sunday, August 13, 2006

 

tenho árvores antigas que me contam histórias que ainda não sei decifrar


-kikks 10:59 PM

 

lendo muito, comendo muito, caminhando muito...


-kikks 10:57 PM

 

o nome da música é encores tokyo

*

hoje, minha mãe soltou uma frase dessas que me pegam de surpresa
"quando escuto este barulho, parece que estou em um lugar longe..."


-kikks 10:52 PM

 

parece que vou ter tempo de escrever alguns contos, e até uma certa tranqüilidade para colocar em prática o projeto memória


-kikks 3:03 AM

 

contato de leve com os livros de clarice, sonho com uma escadaria molhada pela chuva e descobrir que há um ritmo comum entre as pessoas que fazem algum sentido


-kikks 3:02 AM

Friday, August 11, 2006

 

SP seca e brilhante
até parece Madri...


-kikks 9:43 PM

Friday, August 04, 2006

 

ontem foi dia de pequenos presentes
carinho e dicas

da rê, além de fotos lindas, o nome de um livro:
Se minha casa pegasse fogo, eu salvaria o fogo
Jean-Yves Leloup


-kikks 5:33 PM

Thursday, August 03, 2006

 

da série "pequenas lágrimas da semana"

o livro do abraço, de eduardo galeano, chegou pelas mãos do andy
na página 46, o adeus dos sonhos

"Os sonhos iam viajar. Helena ia até a estação de trem. Da plataforma, dizia adeus aos seus sonhos com um lencinho."


-kikks 7:25 PM

 

as cinzas mais importantes são justamente estas, as dos dias de quarto vazio. agora, que falta pouco, bem pouco, estou quase me acostumando com o eco do teclado nas paredes. tudo parece bem mais leve. la samba de mon coeur qui bat... que som terá a noite que vou ouvir do meu quarto? que barulho virá pela janela? même si le temps passe je n'oublie pas...

no iTunes, outra música:

quiet nights of quiet stars
floating on the silence that surround us

quando eu morava no Rio,
da janela, eu via o Corcovado


-kikks 7:42 AM

 

posso quase sentir o cheiro de dia amanhecendo no quinto andar


-kikks 5:30 AM

 

abri os olhos e vi o pinheiro com um fundo dourado. era noite. nunca tinha visto o céu desta cor. assim como nunca tinha tomado um capuccino passeando pelo quarteirão à noite ou chegado em casa tirando moedas do bolso para deixá-las sobre a mesa com um punhado de dinheiro, um isqueiro e um maço de cigarros. pela primeira vez eu também vi de fato as três janelas: uma totalmente fechada, uma semi-aberta e a terceira transparente. fazia tempo que eu não via meu quarto esvaziado, cheio de ecos e de frio. era inverno quando cheguei aqui com caixas. era madrugada quando esquentei um punhado de arroz com karê (forte) preparados pela minha mãe. eram poucas as contas, fortaleza começando a ser estruturada. o mais interessante, cinco anos depois, é ver como ela "se desfaz" e me dar conta de que nunca esteve tão certa de que poderia caminhar comigo para além-mar. palavra bonita essa dos portugueses. falar em desbravamento agora é puro clichê.


-kikks 5:06 AM

 

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