Abrindo o Livro de Cabeceira
|
||
estado bruto * estado puro Livros Livro 1 Livro 2 Livro 3 Livro 4 Livro 5 Livro 6 Livro 7 Livro 8 Livro 9 Livro 10 Livro 11 Livro 12 Livro 13 Livro 1b Livro 2b Livro 3b Livro 4b Livro 5b Livro 6b Livro 7b Livro 8b Livro 9b Livro 10b Livro 11b Livro 12b Livro 13b Livro 1c Livro 2c Livro 3c Livro 4c Livro 5c Livro 6c Livro 7c Livro 8c Livro 9c Livro 10c Livro 11c Livro 12c Livro 13c Livro 1d Livro 2d Livro 3d Livro 4d Livro 5d Livro 6d Livro 7d Livro 8d Livro 9d Livro 10d Livro 11d Livro 12d Livro 13d Livro 1e Livro 2e Livro 3e Livro 4e Livro 5e Livro 6e Livro 7e Livro 9e Livro 10e Livro 11e Livro 13e Livro 1f Livro 2f Livro 3f Livro 4f Livro 5f Livro 6f Livro 7f Livro 8f Livro 9f Livro 10f Livro 11f Livro 12f Livro 13f Livro 1g Livro 2g Livro 3g Livro 4g Livro 5g |
Saturday, August 26, 2006 poderia ser o rio de janeiro. um pouco de vento quente na nuca e ônibus lotado. há quem diga que, daqui para frente, as coisas serão assim: pessoas desconhecidas e um reflexo esguio nas superfícies envidraçadas. há transparência mesmo na escuridão. e algumas luzes aqui e lá. há quem diga tantas coisas. e há quem não diga nada... o lado de fora é o conforto. a varanda conta histórias antigas bem baixinho. o golpe é do lado esquerdo, na altura do pescoço. lágrimas, abraços, amor na palma das mãos. na cozinha, surgem algumas histórias e um pouco de vida. na frigideira, na tomada onde está ligado o café. tem vezes que não me reconheço. e outras em que me encontro tão profundamente, mesmo com o olhar sem direção, que dá até medo. as memórias estão todas lá. as referências mais próximas, distantes. me pergunto se as rupturas realmente têm de ser dolorosas. não necessariamente. o vazio é um vácuo insuportavelmente leve. como dois pés que se esfregam debaixo de um lençol. não existe nem nome nem endereço certo. não existem referências. apenas sensações e uma dor que quase não dói, mas que se faz presente quando me pego distraída. rupturas, pele rasgada. o nome do livro é kimonos descosturados. assim, a gente vai se desvendando, se desencontrando mesmo quando os pés caminham em ritmos diferentes, direções aparentemente opostas. as memórias estão todas lá. tem um cheiro que vem de longe e traz consigo algo familiar. respiro. mais uma vez. de novo. me vejo em paredes através de rostos que não são meus. reconheço gestos. se eu parar agora onde é que vou parar?-kikks 11:46 PM
Sunday, August 20, 2006 por trás da árvore grande, um sol pequenovejo lá no fundo casinhas coloridas há -kikks 8:00 PM
Sunday, August 13, 2006 tenho árvores antigas que me contam histórias que ainda não sei decifrar-kikks 10:59 PM
lendo muito, comendo muito, caminhando muito...
-kikks 10:57 PM
o nome da música é encores tokyo * hoje, minha mãe soltou uma frase dessas que me pegam de surpresa "quando escuto este barulho, parece que estou em um lugar longe..." -kikks 10:52 PM
parece que vou ter tempo de escrever alguns contos, e até uma certa tranqüilidade para colocar em prática o projeto memória
-kikks 3:03 AM
contato de leve com os livros de clarice, sonho com uma escadaria molhada pela chuva e descobrir que há um ritmo comum entre as pessoas que fazem algum sentido
-kikks 3:02 AM
Friday, August 11, 2006 SP seca e brilhanteaté parece Madri... -kikks 9:43 PM
Friday, August 04, 2006 ontem foi dia de pequenos presentescarinho e dicas da rê, além de fotos lindas, o nome de um livro: Se minha casa pegasse fogo, eu salvaria o fogo Jean-Yves Leloup -kikks 5:33 PM
Thursday, August 03, 2006 da série "pequenas lágrimas da semana"o livro do abraço, de eduardo galeano, chegou pelas mãos do andy na página 46, o adeus dos sonhos "Os sonhos iam viajar. Helena ia até a estação de trem. Da plataforma, dizia adeus aos seus sonhos com um lencinho." -kikks 7:25 PM
as cinzas mais importantes são justamente estas, as dos dias de quarto vazio. agora, que falta pouco, bem pouco, estou quase me acostumando com o eco do teclado nas paredes. tudo parece bem mais leve. la samba de mon coeur qui bat... que som terá a noite que vou ouvir do meu quarto? que barulho virá pela janela? même si le temps passe je n'oublie pas... no iTunes, outra música: quiet nights of quiet stars floating on the silence that surround us quando eu morava no Rio, da janela, eu via o Corcovado -kikks 7:42 AM
posso quase sentir o cheiro de dia amanhecendo no quinto andar
-kikks 5:30 AM
abri os olhos e vi o pinheiro com um fundo dourado. era noite. nunca tinha visto o céu desta cor. assim como nunca tinha tomado um capuccino passeando pelo quarteirão à noite ou chegado em casa tirando moedas do bolso para deixá-las sobre a mesa com um punhado de dinheiro, um isqueiro e um maço de cigarros. pela primeira vez eu também vi de fato as três janelas: uma totalmente fechada, uma semi-aberta e a terceira transparente. fazia tempo que eu não via meu quarto esvaziado, cheio de ecos e de frio. era inverno quando cheguei aqui com caixas. era madrugada quando esquentei um punhado de arroz com karê (forte) preparados pela minha mãe. eram poucas as contas, fortaleza começando a ser estruturada. o mais interessante, cinco anos depois, é ver como ela "se desfaz" e me dar conta de que nunca esteve tão certa de que poderia caminhar comigo para além-mar. palavra bonita essa dos portugueses. falar em desbravamento agora é puro clichê.
|
|