Abrindo o Livro de Cabeceira
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Wednesday, December 31, 2008 l'hivera densidade do céu e suas tonalidades de cinza -kikks 5:31 AM
Monday, December 15, 2008 Les soirs comme ça, j'ouvre la serviette du maître, et je regarde à l'intérieur. La serviette est vide, et ce vide se déploie. Oui, un vide infini s'étend sur toutes choses, le vide de l'absence.H. K. * années douces * FIN -kikks 10:38 AM
"Est-ce cela qu'on appelle la douceur?" Les années douces Hiromi Kawakami P. 271 -kikks 10:36 AM
Saturday, December 13, 2008 ando presa em dez centímetros de poeira. não sei se exatamente presa, pois tenho conseguido andar sem escorregar o tempo todo no passado. nem são exatamente dez centímetros. são dez anos. uma vez, eu fiz um teste. deixei de limpar um canto do armário. depois de um ano, juntou-se um centímetro de poeira. sei bem que a acumulação está sucetível a mudanças climáticas e à cidade onde se vive. mas resolvi guardar a média de um centímetro ao ano. no ano passado, foram dez os livros, sendo que dois ficaram na estante. um deles, sim, aprisionado, pois não teve tinta em camadas ou nem ao encontro de seu destinatário. e não foi nada programado. foi apenas a vida que se fez assim. que este ano sejam dez ou onze. afinal, um centímetro a mais se sobrepõe. que não me faça deixar de avançar...-kikks 10:47 PM
Monday, December 08, 2008 mesmo quando não aparenta,a alma vive sorrindo -kikks 3:37 PM
espera áspera despejada em uma bacia com odor de areia galhos secos e muito finos pisoteados no asfalto os meses se prolongam infinitamente quando virás quando verás -kikks 3:33 PM
Sunday, December 07, 2008 peles vermelhas-kikks 12:27 AM
Monday, December 01, 2008 não chegou a mil o número de vezes que passei por esta rua. pouco ou muito... não conheço ainda todos os desenhos das grades, nem todos os layers de paredes, cortinas e pequenas frestas. o bar virou um tapume. o hotel passou a ter um lado um templo disfarçado de galpão. o pequeno comércio se transforma em casas. e mesmo sem aqui ter vivido muitos anos, sem ter ultrapassado as mil vezes que percorri o asfalto, encontro a memória pelos resquícios. sentimentos que ali não foram trocados e deixaram um espaço vazio para que possa percorrer o vapor que sai das casas nos dias frios. vida que se recria. há uma sombra que não conhecia e talvez não viesse a conhecê-la depois de mil passos. trata-se apenas de uma casualidade. estar ali no mesmo instante que aquela sombra. há uma cortina nova por detrás de uma casa velha, uma vida que se instala em território desocupado. há uma certa melancolia, uma certa esperança e o lembrete de que estamos o tempo todo sempre solitários. eu e os saltos gastos, a sacola de compras, os livros que pesam na bolsa, enrolada em tiras de pano, em esconderijos de mim mesma, de meus desejos. eu, meus sonhos, uma pequena coleção de amarguras que gritam para serem desfiadas e desfeitas. projetos que não serão recuperados, nem revividos. deixam uma camada de poeira sobre a pele. a ser limpada com uma borrifada de ar fresco, que pode ser mesmo este, dos dias gelados. mas sempre frescos. |
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