Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





Livros

Livro 1
Livro 2
Livro 3
Livro 4
Livro 5
Livro 6
Livro 7
Livro 8
Livro 9
Livro 10
Livro 11
Livro 12
Livro 13
Livro 1b
Livro 2b
Livro 3b
Livro 4b
Livro 5b
Livro 6b
Livro 7b
Livro 8b
Livro 9b
Livro 10b
Livro 11b
Livro 12b
Livro 13b
Livro 1c
Livro 2c
Livro 3c
Livro 4c
Livro 5c
Livro 6c
Livro 7c
Livro 8c
Livro 9c
Livro 10c
Livro 11c
Livro 12c
Livro 13c
Livro 1d
Livro 2d
Livro 3d
Livro 4d
Livro 5d
Livro 6d
Livro 7d
Livro 8d
Livro 9d
Livro 10d
Livro 11d
Livro 12d
Livro 13d
Livro 1e
Livro 2e
Livro 3e
Livro 4e
Livro 5e
Livro 6e
Livro 7e
Livro 9e
Livro 10e
Livro 11e
Livro 13e
Livro 1f
Livro 2f
Livro 3f
Livro 4f
Livro 5f
Livro 6f
Livro 7f
Livro 8f
Livro 9f
Livro 10f
Livro 11f
Livro 12f
Livro 13f
Livro 1g
Livro 2g
Livro 3g
Livro 4g
Livro 5g





Thursday, May 29, 2008

 




-kikks 7:30 PM

Wednesday, May 28, 2008

 



-kikks 1:46 PM

 

Acordo com os sons da avenida. Se fosse qualquer outro dia da minha vida, eu reclamaria. Mas hoje não. Acordo com os sons da minha casa em uma casa que não é mais minha. Brinco com o gato. Brigo com o gato. Busco minha caneca favorita aqui – presente, como quase todas que eu tenho – com uma Erika aviadora na cabeça do NIK. Vejo a avenida gigante com relógio indicando as horas. Sonho com pão com manteiga. Café com pão, café com pão... Reconheço-me aos poucos perdida nesta cidade. São Paulo é uma cidade de bolhas móveis que flutuam sobre o asfalto. Tenho um pouco de medo, mas não tanto. Acho que conheço a alma de todas as pessoas. Há gente, muita gente. Aqui, não sou anônima, mas espontânea e querida. Todo mundo me abraça e me pega o tempo todo, principalmente depois de 20 meses. Sou como eu sou, não tento me adequar.

Mas, às vezes, olho lá para o infinito e me lembro que algo ficou do lado de lá e daquele outro.

Eu, partida.


-kikks 1:28 PM

Monday, May 26, 2008

 

depois de cruzar corredores,

chegando



-kikks 8:35 PM

Tuesday, May 20, 2008

 

quanto tempo demora para o café esfriar e ficar gelado no fundo da xícara?


-kikks 4:09 AM

Monday, May 12, 2008

 

(joaninhas na janela)


-kikks 8:57 AM

 

de volta à luz das seis da manhã


-kikks 8:49 AM

Saturday, May 10, 2008

 

O trauma é uma pequena morte. Ele exige um período de luto, para que se possa digerir o ocorrido. Existe também a saudade. Saudade da pessoa que se era antes do trauma. E não falo de força e coragem. Falo apenas do fato de não ter que se conviver com a sensação de vulnerabilidade. Estamos sempre sujeitos a tudo, mas a consciência só vem quando algo acontece para provar a existência disso. O trauma requer paciência para continuar a viver. E se continua. Sempre é possível continuar, reconstruir-se a partir daquele buraco que ficou. A ausência se torna referência, peso, motivação, ponto de partida, substância, essência. Eu sempre morro. Morro quando viajo de férias (e quando volto). Morro quando falo tchau para alguém. Morro quando saio de um emprego, quando mudo de cidade, quando termino um relacionamento. Morro quando um amigo vai morar longe. Morro quando termino um trabalho importante, quando escrevo um texto. Morro quando o sol se põe. Morro quando perco algo que escrevi. Morro quando sou violentada. Morro quando me deixo invadir e também se sou invasiva. Às vezes, eu vivo morta. Até um momento qualquer em que, sem perceber, o trauma vai fumar um cigarro junto com a morte, toma um café a mais porque tem sol e se esquecem ambos de mim. Eu saio do metrô e pego flores que caíram na calçada, entro dentro de uma conversa de verdade, choro muito ou rio muito. Danço, como com gosto, canto o que toca no iPod, ando bem devagar, olhando tudo como se assistisse a um filme — ou completamente engolida pelas minhas sensações. Fecho os olhos e não penso em nada. Nada mesmo. A morte deixou o trauma e se adentra aqui com carinho. Morro em paz.


-kikks 1:18 PM

Friday, May 09, 2008

 

cheiro de parque


-kikks 10:11 PM

Thursday, May 08, 2008

 

alejandra p.: "os dias se suicidam"


a felicidade dura um dia (apenas).
não gosto de ver os dias se suicidando.
e saio correndo atrás deles.

dos dias e da felicidade.

como se estivesse eu mesma na mira da morte.



-kikks 12:29 AM

Tuesday, May 06, 2008

 

acho que sempre que a gente entra em um corredor, está sujeito
não sei ao quê, mas está


-kikks 12:14 AM

Friday, May 02, 2008

 

onze horas é a hora dos vagabundos no café
hoje, tinha um pouco de sol


-kikks 12:57 PM

 

(queria escrever o seu nome nas entrelinhas para que chegue)


-kikks 12:56 PM

 

Powered By Blogger TM
Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.