Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





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Monday, October 31, 2005

 

bonjour!

dans nova

12:51 Readymade Fc The only one


-kikks 12:54 PM

Monday, October 24, 2005

 

le 24...


-kikks 3:03 PM

 

"Pourquoi est-ce que tu as choisi un endroit pareil?"

(...)

"Et puis, quand je vois de gens normaux, ça m'angoisse: j'ai l'impression que c'est moi qui suis un peu fêlée."


- Banana Yoshimoto -


-kikks 2:58 PM

Thursday, October 20, 2005

 

ontem, com oliveira e maga pelos braços, pensei nos números. um deles saiu de lá para habitar o pantheón e seu castelo sangrento. eu num jogo de espelhos. sempre o jogo de espelhos. então, olhei de novo para a porta. eram sempre quadrados pequenos de metal, pequenos e discretos, sugerindo linhas que diziam coisas. um número. o mesmo que foi habitar minha prateleira num dia de chuvisco e cigarro, fui parar no lugar que servia o melhor café. chuvisco, cigarro e um copo descartável nas mãos, fechados, um chocolate no bolso do lado de onde você estava protegido do mundo com tubos e paredes. eu pensava: se você passar por aqui, vai pensar. fazia tempo que eu não pensava tantas vezes em tantos vai pensar. coisas que fodem com a minha vida. ando pensando muito, eu sei. mas sempre aparece um brilho depois que as coisas acontecem assim, brilho que faz a gente não pensar em nada.


-kikks 6:45 PM

Tuesday, October 18, 2005

 

na memória, o som do piano

baixinho


-kikks 5:34 PM

 

ainda há gotas nas pontas. sustentam-se, ficam dependuradas e pingam uma a uma. até o pinheiro tem passado. chove tão de leve e vai varrendo, sem machucar. quase não se percebe. depois, vem o vento, fino e frio. sopro congelado


-kikks 5:30 PM

Saturday, October 15, 2005

 

cruzar a porta de madeira pela terceira vez em três anos... a primeira vez que eu estive lá me deparei com uma peça branca que agora está branca e gasta, que tem histórias de um chá com um nome que contava a minha história (é sempre assim), que tem memórias sensoriais daquele lugar onde nunca pisei, mas que carrego nas minhas mãos, como se segurasse uma flor que está prestes a morrer, ou resquícios de flores, grãos de poeira coloridos que tingem o cinza espesso e sem rumo. estradas fechadas que se abrem em pequenas possibilidades de vida. agora eu sei que encontro objetos que são uma promessa de algo... por alguns minutos eu pensava em quantos vocês deveriam estar lá conhecendo este universo; ao mesmo tempo, estavam todos lá, principalmente eu e você, naquelas páginas recicladas. era um retorno. e você mal sabe de todo este processo em que eu volto exatamente dois anos depois para a mesma porta de madeira, carregando carimbos como se carregasse manchas de vida. borrões perfeitos. não me importando se essa vida era vivida ou sonhada (embora tivesse sentido na pele o quão viva era, apesar de toda a roupagem de não-vida). e pensem o que quiserem. the music that you leaves me, ando cantando isso toda hora.


-kikks 5:59 AM

 

mesmo depois de horas em pé
volto para casa inspirada


-kikks 5:59 AM

 

as garrafas de Hideko sem tampas...
"possuem aberturas para receber e sonhar"

seu texto é fluido
"enquanto o suor de suas mãos umedecia a argila ainda sem forma, o movimento centrífugo do torno em movimento contínuo lançava para fora lama, lembranças, sonhos e, como que em uma prática Zen, todas essas coisas, sem nenhuma pressa, caminhavam em espeiral para dentro das garrafa. lá ficaram durante alguns anos, em transformação, como que em um reservatório de vontades"

(arigatougozaimashita)


-kikks 5:56 AM

Thursday, October 13, 2005

 

parece que você está aqui do outro lado da parede ensaiando para falar uma frase decisiva, what can I do


-kikks 3:22 AM

 

eu não gostava da cerâmica daquele restaurante
fina demais, fina de queimar os dedos

e só para chegar neste comentário, eu dava uma volta imensa
contando uma história longa que não era nem interessante nem tumultuada

o chá era meio aguado
mas era o melhor que tinha

na indochina, quem ia parar no labirinto se tornava invisível para as outras pessoas

do quarto ao lado escuto a melodia
pode ser esta, pode ser outra
too good and too sweet


-kikks 3:16 AM

Monday, October 10, 2005

 

eu gostava de comer naquele restaurante que tinha o nome da vila natal dos meus avós. podia ser qualquer outro. o gengibre era preparado com gosto de infância e eu pensava, meu Deus, como estando em uma direção completamente diferente daquela onde eles nasceram ou onde moraram, estava lá do lado e com o mesmo gosto, como se nunca tivesse sido separado do que eu era? isso e todas as outras questões que se sucediam à este raciocínio não tinham uma explicação lógica. era o que mais me atraía para aquele mundo. mundo onde pessoas que se amam têm gostos opostos, manifestam-se de maneira diferente na vida, mas compartilham a mesma essência. mesmo quando têm os pés parafusados no chão não há como negar que é assim.


-kikks 9:33 PM

 

tem música que chega no meio dos passos

madrugada já rompeu

...

eu quis a ilusão agora a dor sou eu

...

e mais três pontinhos


pela primeira vez, treinei com lágrimas nos olhos
. a hora de sair
. a hora de voltar
. é óbvio ser ofensivo
. nem sempre a força está no ímpeto
. isso também é kiai

... outras palavras: pensar leve


-kikks 4:07 PM

Saturday, October 08, 2005

 

teve um dia que eu achei que a casa não tinha livros. andava, andava, andava, percorrendo cada poeira e não encontrava nenhum resquício de letras. um dia, achei um pedaço de linho grosso preso a uma parede. não me lembrava como é que aquilo havia parado lá. um hiato de dois anos quase sem memória, vivendo um dia após o outro, esperando o tempo passar. claro que havia intervalos de muito ar, de muito sol, de muitos passos altos e firmes, berros e cafés. havia tudo, sempre. o meu medo é que eu passe mais muitos anos esperando o tempo passar para quem sabe um dia eu rasgar aquele linho. então sujo. você lê os livros sem grifar. não deixa juntar poeira em nada. logo que acorda liga todas as máquinas. você não deixa rastros visíveis. apenas um telefone perdido no meio do caminho. este, sim, cheio de poeira. uma casa onde os pássaros não cantam, mas há pombas instaladas confortavelmente num lixo. há lixo. a primeira vez que abri aquela janela eu pensava que apesar de ser noite, lá fora devia ter muito sol. que tudo poderia ser tão agradável, com vista para outras vidas por mais ordinárias que elas fossem. sempre tive vontade de comer naquele restaurante simples lá na esquina e nunca fui. também queria cortar o cabelo naquele salão barato. mas aquilo tudo era apenas parte do cenário, junto com aquelas mesas e aquelas árvores e o portão baixinho, a porta branca para onde eu sempre olhava quando a conversa era um pouco mais séria. quando queria fugir dos seus olhos, olhava para o número em fundo azul, as riscas verticais que marcavam a madeira, a placa dourada que dizia alguma coisa (sempre havia uma placa dourada que dizia alguma coisa), penetrava naquela porta cheia de vincos e tintas. e pensava na distância entre tudo isso e meus livros grifados, cheios de poeira.


-kikks 4:16 PM

Sunday, October 02, 2005

 

enquanto o tempo soprava contra os nossos rostos uma lenta chuva de renúncias e de despedidas e passagens de metrô

mais uma vez cortázar

no mesmo capítulo que fala sobre encontros não marcados e folhas sem pauta

escadaria num dia de garoa fina,
quase imperceptível

faz sentido isso ser o primeiro, o nono ou último capítulo
assim como os pássaros cantarem

est la nuit blanche?


-kikks 8:19 AM

 

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