Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





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Monday, January 30, 2006

 

hoje eu ganhei de presente
in the mood for love

em português é mais bonito
amor à flor da pele

quizas, quizas, quizas

perhaps


-kikks 3:09 AM

 

as varandas e os aviões
toujours
eu queria um telhado
(só para variar um pouco)


-kikks 3:06 AM

Friday, January 27, 2006

 

de volta a São Paulo
escuto sons internos
e externos

o catador de papel e seu carrinho
duas motos
um avião voando baixinho

(braços abertos)


-kikks 10:06 PM

Sunday, January 22, 2006

 

olhei para trás e vi um livro que me por uns dias na bolsa, peguei as palavras dela nas mãos, em uma noite de conversa longa por um café, pela ilha, táxi, mãos e corpo. desde então, o desajeitado, o processo, o inacabado.

vejo minha amiga se refazendo linda a cada instante.

olhei para o lado e vi o cartaz de um filme. um filme que vi como resquício de histórias na semana passada. em quadrados de papel. mãos desenhando triângulos. a música, o tremor do seu ombro enquanto ria. meus cochilos.


-kikks 3:15 PM

Friday, January 20, 2006

 

fim de tarde:

fui comer uma banana na varanda, vendo aviões passando

(em homenagem aos que estão no inverno)


-kikks 9:52 PM

 

ouvi essa música o dia inteiro hoje


-kikks 12:54 AM

 

perfidia em francês
na france inter

hahahahhaha


-kikks 12:53 AM

Thursday, January 19, 2006

 

até o sol está discreto hoje


-kikks 6:55 PM

 

pós-kitchen:

tem dias que leio, como e faço saudade

estou em uma tarde bem à toa

já terminei de ler um livro, almocei, já fui à feira, já comprei bananas, cenouras, beterrabas, alface, caju, maçãs, laranjas, abobrinha. vou comer uma manga roubada do pé. vou sair para comprar cigarros. pensar no futuro.

dia bem à toa. dia de ligar, de passar na sua casa. tem um banco na frente do prédio. dá para sentar e esperar.

aí eu me dou conta que tudo é tão longe. a sensação de ter as pernas entrelaçadas de bobeira, ou os dedos, o corpo.

me dou conta que o tempo que demoro para chegar até aí é o tempo de eu arrumar alguma coisa para fazer e não estar tão à toa.

a saudade é sensorial. puramente sensorial. eu poderia procurar tantas peles por estas ruas. mas não adiantaria.

o que faço é um eco.

hoje eu tive vontade de chorar e isso não tem nada de tristeza.
só saudade.


-kikks 6:22 PM

Wednesday, January 18, 2006

 

a primeira vez que vi banana yoshimoto, eu não entendia direito o que ela escrevia. mas algo dizia que era bom. um amigo lia algumas linhas e traduzia, havia luzes na estação e um fim de tarde meio corrido, mas ao mesmo tempo tranqüilo. eu pensava que ela podia ser alguma amiga. sua pulsação era como a nossa. parecia. andei com ela na bolsa, capa verde, em dias de solidão, voltando para casa de metrô tarde da noite. hoje, peguei-a nas mãos e ela falava disso, de solidão. há alguns momentos na vida em que nada parece te salvar. esta tarde está bem bonita, não tenho vontade de sair de casa nem de abrir ou fechar as janelas, falar ou tomar sorvete. leio na cozinha.


No fluxo indefinido do tempo e das emoções, grande parte da história da vida da gente está gravada nos sentidos. E coisas sem a menor importância, ou coisas insubstituíveis, voltam assim de repente, num café numa noite de inverno.


Kitchen - Banana Yoshimoto

Voltando para casa hoje eu senti um desespero bom. Era assim: havia sol entrando pela janela do ônibus. Ar presente. Tudo estava ali também. A sensação dos braços nus e das pernas livres. Tecidos na pele. Um certo cansaço. Um certo calor. Um pouco de fome. Pensei em arroz bem fino estendido sobre um pano branco preso na panela, uma camada fina e transparente que dissolve na boca. Cheio de cores no seu interior. Senti tanta coisa naquele momento que voltei àquele questionamento de Caio sobre quando está mais vivo. Se é quando vive de fato ou quando essas coisas se traduzem em palavras em algum momento da vida.


-kikks 8:40 PM

Tuesday, January 17, 2006

 

plínio vasculhando algumas primeiras páginas. eu achei um e-mail "ranzinza", de um cinza-objetivo. lindamente ranzinza e amoroso, colocou um universo intocável e profundo em sensações dentro de algumas formas para que eu pudesse entender melhor. parecia caio em alguns de seus melhores momentos. me emocionei de verdade.


-kikks 5:16 PM

 

estou aqui mergulhada no tempo dos candanses
(ilha de baffin se alguém quer precisão)

uvatiaru


e nas críticas de kundera
que não enjoa de si mesmo


-kikks 5:14 PM

 

eu digo o tempo todo penso
é besta, bem besta


penso/escrevo






sinto


-kikks 5:12 PM

 

almoço com a inês, horas no telefone com o plínio
estou conseguindo aproveitar meus dias-caos

frases mais soltas
lembranças dos nossos primeiros escritos cotidianos
a leveza, a cumplicidade

hoje eu vou aprender uma coisa nova. toda vez que eu pensava nisso, eu dizia o seu nome, chamava tudo internamente por este nome, como se eu pudesse criar uma palavra que falasse sobre o portal que eu cruzei quando passei por uma porta feia e uma placa cheia de sentido, que trazia o nome de um livro do qual você nunca ouviu falar. sempre que eu pensava nessa coisa nova eu pensava em tudo isso e sempre pensava nela distante, longe e demorada. agora eu tenho uns dias, muitos dias para afinar tais gestos.


-kikks 4:58 PM

Saturday, January 14, 2006

 

eram apenas pedaços de papel
ou lágrimas, não sei

já voltei da mesma cidade sem registros ou com registros de lugares a serem preenchidos. cada um conta uma história (alguns deixam de contar)e, no fim, estão todos dizendo as mesmas coisas. como dizia a adriana ontem, chorando na igreja ao ver a re sair, esquecemos do que fomos feitos.


-kikks 3:35 AM

Monday, January 09, 2006

 

cheiro de frutas chegando pela janela


-kikks 4:33 AM

 

pilhas de livros, pilhas de correspondências, pilhas de papéis do ano passado, de todos os outros anos, lista de compras, lista de telefonemas, lista de e-mails, uma rádio que fala, fala e fala no computador
.
.
.
e uma xícara de chá
"tempo para conversar com nossos sentimentos"
(ou além disso)

há quem fale de uma lógica estranha nos caminhos percorridos pelos personagens de cortázar e eu penso nos caminhos que ficam guardado de uma forma que não está no mapa. penso em caminhos que percorri e que poderiam ter sido mais curtos. então penso que podem ter sido mais curtos. refaço o trajeto algumas vezes sem saber exatamente se eu peguei ou não atalhos. talvez não faça a menor diferença porque, afinal, eles me levaram para onde deveria ir.

me dou conta que não consigo viver sem estes peguenos enigmas banais pregados por uma memória emocional

não abro mão de alguns caminhos longos
de sentir os braços em atrito com uma malha de lã
a pele esbarrando no ar


-kikks 4:33 AM

Sunday, January 01, 2006

 

à meia-noite, no texas, não havia estrelas no céu

RIEN

achei isso meio estranho, mas preferi interpretar como

MU


-kikks 8:22 PM

 

o nove vira zero, o nove vira zero...

eu sempre lembro de nelson sargento

de iemanjá e dos fogos de copacabana

aqui ainda são nove da noite

trago uma flor na roupa


-kikks 4:03 AM

 

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