Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





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Friday, March 31, 2006

 

fim da maratona butoh:


"meu corpo é meu museu e ele tem esse sentimento"
tadashi endo


e olha que eu só fiquei na teoria


-kikks 4:54 PM

Thursday, March 30, 2006

 

minha amiga foi para a Índia e me trouxe uma Kali e um caderno que tem cara de passado... na verdade, é o mesmo caderno que um dia veio de Paris, a mesma folha (daquela que tem outras folhas), o mesmo cheiro (isso é impressionante), a mesma forma de amarrar. só que a capa é colorida. roxo que não desbota (tanto). existem presentes que são comprados por homens. e presentes comprados por mulheres.

tem coisa mais bonita do que caderno feito por pessoas que têm uma história de vida?

e por meio de outras vão parar nas mãos de outras


-kikks 12:59 PM

Monday, March 27, 2006

 

a música era do zeca baleiro
a voz e o corpo do tadashi

China
Japão
Alemanha
Brasil

eu não sou cristão / eu não sou ateu / eu não sou japa não sou chicano / não sou europeu / eu não sou negão / eu não sou judeu / não sou do samba nem sou do rock / minha tribo sou eu.


(e eu, mergulhada no nomadismo de Maffesoli)


-kikks 3:34 AM

 

Tasogare (=crepúsculo)
espetáculo "outonal" de Tadashi Endo

movimento sem movimento
eternidade

recordações vazias
que são flores

invisível visível
estar entre (MA)


entramos no seu corpo
arigatougozaimashita


-kikks 3:26 AM

Sunday, March 26, 2006

 

dia 25


ainda penso
nós e Tadashi Endo
todos discípulos


-kikks 1:11 AM

Saturday, March 25, 2006

 

dia 24

no andar de cima de um restaurante francês, toca o meu telefone. desci as escadas e estavam todos lá. encontro inevitável. vi um pedaço do seu ombro e seu rosto no espelho. o jeito de sentar, as pernas, a mochila no chão. o olhar sempre curioso. e a bata branca (sutis transparências). primeiro, sentei-me em sua cadeira. depois, devolvi-lhe o lugar. no fim da noite, pedi licença e o servi. deixei a cerveja cair em seu copo. me emocionei, sobretudo, com seus gestos. sua abertura. transbordava amor. tocava, sorria. falava, falava. olhar nos olhos de um mestre e contar histórias bobas. nós, moyashis, diantes de uma cultura toda. uma cultura que abaixa a cabeça e se diz moyashi. que faz seus silêncios e pausas quando tem uma emoção (muito) forte.


-kikks 7:21 AM

Wednesday, March 22, 2006

 

(para não esquecer)

dedicatória de Clarice no livro de Macabéa

"Meditar não precisa ter resultados: a meditação pode ter como fim apenas ela mesma. Eu medito sem palavras e sobre o nada. O que me atrapalha a vida é escrever."


-kikks 3:47 AM

 

"Aquela relutância em ceder, mas aquela vontade do grande abraço. Ela se abraçava a si mesma com vontade do doce nada. Era uma maldita e não sabia. Agarrava-se a um fiapo de consciência e repetia mentalmente sem cessar: eu sou, eu sou, eu sou. Quem era, é que não sabia. Fora buscar no próprio profundo e negro âmago de si mesma o sopro de vida que Deus nos dá.

(...)

Morta, os sinos badalavam mas sem que seus bronzes lhes dessem som. Agora entendo esta história. Ela é animinência que há nos sinos que quase-quase badalam.

A grandeza de cada um.

Silêncio.

(...)

O silêncio é tal que nem o pensamento pensa.

(...)

Eu vos pergunto:

- Qual é o peso da luz?

E agora - agora só me resta acender um cigarro e ir para casa. Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre.

Mas - mas eu também?!

Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos.

Sim."

A hora da estrela
Clarice Lispector


-kikks 3:41 AM

 

Chopin amolecia os ossos de Clarice.


-kikks 3:37 AM

 

se aos 16 eu lia epifania pela primeira vez...


-kikks 3:33 AM

 

despertei com palavras. incrivelmente lúcidas. eu e as palavras. estava nas ruas (era preciso estar, é preciso estar). macabéa... as epifanias de clarice. um prenúncio da morte. ou da vida. tanto faz. lembrei das pequenas epifanias de caio, cotidianas. também enunciei. que o tempo presente é o presente. um dia serão mais que presentes. faz exatamente quatro anos que comecei a renascer. e hoje começo de novo. outro dia, eu disse: comecei a começar. a transformação que durou meses hoje dura alguns minutos. os dias ajudam (há um tempo, nem isso). a luz que cega, a luz que acalma. muitos silêncios quebrados. hoje é 21 de março de 2006. c`est ça.


-kikks 3:21 AM

Saturday, March 11, 2006

 

est l'absence la présence?


-kikks 12:34 PM

 

alejandra pizarnik escribió

el sentido de su ausencia

si yo no me atrevo
a mirar y a decir
es por su sombra
unida tan suave
a mi nombre
allá lejos
en la lluvia
en mi memoria

por su rostro
que ardiendo en mi poema
dispersa hermosamente
un perfume
a amado rostro desaparecido


-kikks 12:28 PM

 

utiliser les blanches, le vide pour remplir
les mêmes blanches, le même vide
faire l'amour par quelques mots
faire de l'absence la présence


-kikks 12:23 PM

Tuesday, March 07, 2006

 

sem almofadas no chão
sem ganchos no teto
sem nada passando pela cintura
nada de ferro ou de cordas

o medo também é fluido


-kikks 6:17 AM

 

quatro braçadas e uma música na cabeça
o filme, a ilha, o mar e azulejos no chão


chão?


-kikks 6:15 AM

Monday, March 06, 2006

 

cheiro de chuva
a fumaça dança
quase parada

movimentos sutis
harmonia
gotas ou lágrimas

(só para lembrar
que estamos vivos
? de novo)


-kikks 4:57 PM

Wednesday, March 01, 2006

 

na lista de lembretes dela:

"escrever sem prêmio"

"crítica que seca tudo"


-kikks 6:10 AM

 

o é que inexiste, que foi criado, construído. lembrar da última lembrança. as datas de validade de emoções enlatadas. depois de comer todas as frutas, onde é que vou buscar mais memória. vou lembrar de novo, em cima daquilo que foi lembrado. realidade modificada. o que não existe mais passa a existir de outro jeito. paredes que mudam de cor conforme o tempo passa. tentativa inútil de tirar a camada de poeira. trajetória sem sentido. eu entro desço uma escada que tem uma placa dizendo o nome. um nome que não existe. mas as letras estão lá marcando algo que não tem lógica. percorro as ruas de trás para frente. pontilhados sobre um mapa imaginário. como ruas em que a ordem das casas e da numeração não faz sentido. não é preciso nem procurar. não há placas. corredor iluminado pela porta dos fundos. uma escada que não subimos. jardim oculto e gritos. baixos, mas ainda assim gritos. faço uma leve reverência, descalço os sapatos e subo mais um degrau.


-kikks 6:00 AM

 

pensei em fazer uma camiseta, mas não era o caso
coloquei tinta sobre o papel
tinta pronta
letras que saem de uma esteira de letras
é tão fácil assim ter um registro fiel?


-kikks 5:59 AM

 

um clique recria o passado
no sábado, às 12:25
no domingo, às 11:03

baixinho, para não ser ouvida


-kikks 5:58 AM

 

proposta:
memória

vivo disso


-kikks 5:57 AM

 

resquícios recorrentes


-kikks 5:57 AM

 

gosto da superfície lisa (com uma ou duas folhas caídas). um pouco de sujeira me lembra que há vida.


-kikks 5:56 AM

 

o nome do livro é água viva.


-kikks 5:55 AM

 

clarice diz:
"escrevo simples"

e quando não escreve
está morta.


-kikks 5:55 AM

 

falava da água e da música que me conduziu entre os azulejos. as pernas percorrendo um espaço em que eu não reconhecia a minha existência. a música estava lá. lancei-me. sem controle daquela superfície em que o corpo não era mais corpo. o sol trazia outras luzes. a pele translúcida. sem pensar, tirei o som. no vácuo, os sons são diferentes. a mesma sensação de vestir outra pele. me esconder sobre grades. tronco de plástico. tirar a pele. ouvir os sons. lancei-me. um azul e outro azul. vibração do ar. vibração da água. lancei-me. parei para ouvir o avião. estava tudo lá.


-kikks 5:36 AM

 

onde tudo nasce...

todo o resto são encartes


-kikks 5:00 AM

 

vida voltando


-kikks 5:00 AM

 

voltar para casa para depois voltar para casa


-kikks 4:54 AM

 

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