Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





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Friday, January 31, 2003

 

Lois Lane
Número de caracteres: 0



by Paulo Andre Cabral


-kikks 8:44 PM

Thursday, January 30, 2003

 

Laranja
Número de caracteres: 274


Como eu tiro esse cheiro doce que ficou impregnado na minha pele? Pêssego azedo comestível. Às vezes, meio ácido, meio repugnante. Porque fica impregnado nas narinas, incomoda. Eu me lambo, me cuspo, me esquartejo e me ofereço, em mil pedacinhos, para o primeiro que chegar.


-kikks 11:00 PM

 

Domingo (ainda)
Número de caracteres: 0



by MicHael Galkovsky

Thanks, darling!


-kikks 9:23 PM

 

Passado
Número de caracteres: 92


Essa garoa de hoje de manhã veio do Canto da Lagoa. Dezembro de 1997. Reconheci pelo cheiro.


-kikks 3:51 PM

 

1 minuto

Não costumo fazer campanhas, but...

O site de câncer de mama está tendo problemas pois não têm o nº de pessoas diariamente indo visitar o site e clicando de maneira a terem a quota que lhes permite oferecer 1 mamografia gratuita diariamente a mulheres pobres.Demora menos de um segundo para ir no site e clicar na tecla cor de rosa que diz "Fund Free Mammogram". Isto não custa nada e pelo nº diário de pessoas que clicam os patrocinadores oferecem a mamografia em troca de publicidade.

Minha bandeira: relações humanas. Estudos mostram que as mulheres que têm ou tiveram câncer de mama têm em comum um histórico emocional parecido – parceiros impotentes ou que têm dificuldade de se relacionar sexualmente.


-kikks 2:57 PM

Wednesday, January 29, 2003

 

Pós leitura zen-sexy
Número de caracateres: 503


Café da Fnac, garoa

troca tato temperatura pulsação descoberta ensinamento aprendizado tentação entrega espera limites orgasmo dedicação surpresa agrado libertação ilusão equilíbrio fantasia proximidade cuidado carinho comida amor terra realidade vida prazer sonho inconsciente palavras sons ajuda vivenciar olhar intimidade pele chão anatomia eficiência pés confusão teoria muita prática beleza pêlos gosto paz cotidiano cinema imagem entrelinhas gargalhadas significados cores experiência descoberta respiração tempo voz



-kikks 10:22 PM

 

Hein?
Número de caracteres: 1082


O que importa é sentir a língua caindo de tão ácida, inchada e esbranquecida. De lembrar daquele dia que em que acordei cedo para esperar a luz entrar pela janela. Do cheiro home de alguns lugares. Dos músculos contraídos e relaxados. Da espessura, do melado, da cor daquela pimenta. Quero registrar sentimentos, aquela coisa que você sente lá no fundo na hora do cafuné, aquele barulho que eu faço junto com o Musashi quando ele esfrega sua pequena cabeça no meu pescoço e pula e brinca de passarela. Do aperto bem no meio do estômago quando o telefone toca. A satisfação que dá quando você se reconhece na fala do outro. Quando o outro olha e sorri com o olhar. Quando a cara fica cheia de brilho sem ter usado nada de make. O calor interno misturado com as gotículas de chuva, e o bafo, e o vento fresco. Tudo junto. Mesclado, confuso, compactuado. O pó sobre o John Donne, o êxtase confuso, maltrapilho e nostálgico. Se me compreendem? Picas! Quero registrar sentimentos e sensações para que um dia eu olhe para trás, suspire bem fundo e tenha a certeza absoluta de que eu vivi.


-kikks 10:22 PM

 

Fim de tarde com fofura
Número de caracteres: 0




-kikks 9:43 PM

 

Delícia
Número de caracteres: 0



by Juan Llamosas

(atendendo a pedidos)


-kikks 6:21 PM

 

Para quem riu de mim no inverno passado
Número de caracteres: 2311


Tricotar é a nova moda e símbolo da contracultura
Famosos como Madonna já assumiram o hábito que tem homens entre seus adeptos

ESTHER ADDLEY
The Guardian

LONDRES - Ela lida com linhas, é altamente viciante e todos estão usando atualmente: sim, fazer tricô é a nova cocaína. E as imagens do ator David Arquette, na semana passada, de agulhas na mão, comprovam o fato.

Arquette estava em férias no México com sua mulher, a atriz Courtney Cox, quando foi flagrado por um paparazzo empunhando duas agulhas e tecendo alguma peça de vestuário com lã azul-bebê.

Nós fabricamos tecido a partir de rolos de lã há dois milênios, mas tricotar foi por um bom tempo algo para se fazer em casa antes de se chegar às ruas como símbolo "cool" da contracultura. Quando foi declarada atividade terrorista em potencial nos aviões, após os ataques de 11 de setembro, todos já estavam fazendo: modelos escondiam-se em banheiros durante desfiles para tricotar, enquanto Hollywood estava dominada - Julia Roberts, Cameron Diaz e Madonna já assumiram o tricô como um hábito. Em Hoxton, perto de Londres, um grupo de tricoteiros começou a se encontrar semanalmente em bares.

O tricô como atividade atraente tanto a homens quanto a mulheres pode marcar sua transição definitiva de um sonífero passatempo de senhoras idosas para um hobby respeitável como qualquer outro. A marca de roupas Pringle deve lançar em fevereiro seu Kit Tricô, pacote que inclui agulhas e lãs pretas e cinza suficientes para confeccionar um cachecol.

Mas a prova definitiva de que essa atividade também pode ser feita por homens chegará em março, quando a Knitting and Crocet Guild of Britain (Associação Britânica de Tricô e Crochê) planeja uma edição dedicada ao tricô masculino de seu jornal Slipknot. Rita Taylor, diretora da associação, acredita que o processo atual se encaixa no aumento da disposição dos homens em assumir tarefas anteriormente destinadas às mulheres. E os sexos diferem no modo de tricotar? "Os homens são mais audaciosos do que as mulheres, eles mostram uma maior disposição de correr riscos e sair dos padrões", diz Rita.

No ano passado, a associação esteve envolvida em batalha legal com a banda de rock pesado Slipknot. Milhares de fãs bombardearam seu site exigindo que o nome do jornal fosse mudado. Será que alguns desses correspondentes converteram-se ao tricô? "Não sei, mas acho que a banda vai se separar depois do próximo disco. Então, pode-se dizer que o tricô levou a melhor."


-kikks 6:17 PM

 

Fio terra
Número de caracteres: 510


Eu só queria ter visto a cena: Xico (martelo na mão, barra de ferro e apetrechos), seu Waldir, seu Luiz, blá blá blá, Thom segurando o guarda-chuva e buracos no jardim. Eu dormi bem, quase não acordei. Tks, Dani, pelo telefonema, pela história bizarra overall. LindaLoiraVogueJaponesa. E a leveza continuou por aqui, nesse prédio com muito vidro e ar-condicionado. Wallpaper de Juan chegando e pic-nic com a . Terra, grama e toalha xadrez com quitutes. Não posso olhar pela janela. Não posso com o rio-morto.


-kikks 6:13 PM

Tuesday, January 28, 2003

 

Antes de ontem:
Whatever

Ontem:
Whatever versão 2.0

Hoje:
Whatever sobre rodas


-kikks 9:41 PM

 

Pocket Coffe
FERRERO
made in Italy

não vale morder


-kikks 7:08 PM

 

Ufa!
Número de caracteres: 311


Depois que conheci a Giu e ouvi suas histórias de AquiAgora, batidas de carro, depois que soube que o Thom teve o carro empurrado pelo Conde Drácula e pelo Superman e que Marcelle teve uma pomba estraçalhada no ventilador em sua festa de 15 anos, parei de dizer “por que é que essas coisas só acontecem comigo?”.


-kikks 7:05 PM

 

Abra a porta que eu quero gritar
Número de caracteres: 2892


Ontem eu disse que eu não ia escrever o óbvio. E acabei escrevendo – pelo menos para mim. Disse que ia ser poética. E mergulhei na objetividade. Contradição. Ou complemento? Os orientais, ah, os loucos e sábios orientais! Tive um almoço maluco, vomitei conceitos e quis provar todas as minhas teses. Com palavras. Outra contradição. Racionalizar o irracional. Você quer tudo só para si? Não, eu topo dividir isso com todo mundo. Claro, mas só com aqueles que já estão no caminho. Que tem uma certa humildade. Ou seria simplicidade. Não sei, não sei que palavra usar para definir. Sei que esses caem do salto, estão descalços e tem um certo brilho no olhar. Céus, parece tudo tão simples, tão delineado, tão tudo e nada ao mesmo tempo, tão louco. E todo mundo complica tanto. Como é que eu vou explicar que o que deve ser explicado não tem explicação? Eu não posso guardar uma coisa tão boa só para mim. Eu quero viver, sair gritando pela rua: “eu tenho que viver toda a minha vida nesse estado tão feliz, tão pleno, tão esplêndido, que parece que as pessoas não me compreendem, que eu estou ficando louca, maníaca, obsessiva correndo atrás de tanta coisa boa”. Meninas, amigas, lindas, maravilhosas que eu tanto amo, quero que vocês vivam este orgasmo absoluto. Estou deslumbrada, sim, e quero discutir o assunto exaustivamente. Como vou falar sobre isso com as pessoas para quem o diploma, a teoria, os dicionários, os livros, os salários, a conta no banco e o caralho a quatro representam a totalidade. Como? O que é ignorância? O que é auto-conhecimento? O que é felicidade? É não-sofrimento? O sofrimento me trouxe felicidade. Irônico? Sim, irônico? Masoquista? Não, nada masoquista. Real. O que é real? O real é extremamente claro, mesmo que eu não consiga defini-lo em palavras. Não estou jogando tudo pelo ralo. Só colocando um filtro. Que pega aqueles cabelos que entopem o esgoto e os brincos de brilhante que acidentalmente caem do buraco da orelha. É contraditório tentar dar significado a tudo, escolher palavras. Mas elas saem daqui, da ponta dos dedos, quase que sem pensar, dadaísmo inconsciente, vomitadas. Adoro vomitar palavras porque elas saem assim. Minha médica diria que eu estou maníaca. Eu diria que eu entendi tudo. E que não sei explicar o entendimento. Muita gente diria que é sobrenatural. E que precisa tomar alguma química para isso. Eu poderia poderia inventar (ou pior, acreditar) que vi Deus, Diabo, Maomé e o Corcunda de Notre-Dame todos juntos em um mesmo palco. E que os Teletubbies existem fora da televisão. Eu poderia ser taxada de louca, bruxa, tarada, vadia, viciada e caduca. Tudo isso pouco importa. Pouco importa se não é nada. O que importa é que eu vivo, que eu sinto, na ponta dos dedos das mãos e dos pés. Que respiro um certo ar gelado, quente e reconfortante. E que eu queria estalar os dedos e que o mundo inteiro ficasse assim. Translúcido.


-kikks 12:20 AM

Monday, January 27, 2003

 

Cool
Número de caracteres: 175



"Grupo de macacos da neve japoneses aproveita uma fonte de água termal para se aquecer no inverno; a espécie é única entre os macacos em sua adaptação ao frio"
da Folha Ciência


-kikks 4:04 PM

 

Vejo em meus dois últimos posts algumas repetições: caligrafia, vitamina com groselha, neon, farol, fulano é nosso amigo, tudo é gostoso, esplêndido, maravilhoso. Realmente, os brinquedos continuam os mesmos, mas estão sempre mais legais.


-kikks 2:28 PM

 

Eu tenho, você não tem...


-kikks 2:27 PM

 

Whatever
Número de caracteres: 1896


O salmão delivery chegou depois de mais de uma hora de caligrafia. Suco de limão, nabo ralado, pimenta, shoyu, mel e gengibre. Definitivamente não consigo mais viver sem. Difícil ver a objetividade das coisas em um teclado tão espontâneo. Del, option, maçã qualquer coisa. Foi hoje que comecei a ler um livro para Musashi. E que fiquei sentada embaixo de toda aquela parafernália. Pausa para falar com a amiga. Cinco minutos. Volto à "sessão de whatever". Calor, extremo calor, calma, um certo desconforto e bem estar extremo. Não necessariamente nessa ordem. Se a bala de gengibre e mel não tivesse grudado e eu não tivesse lambido os dedos, não teria tido a visão Miguel Rio Branco. Ainda questiono o porquê da objetividade. Nada mudou, parece apenas que as coisas voltaram ao normal. Ordem estabelecida. Contornos, luzes, brilhos, intensidade perfeita. Incrível como a simples luz de um isqueiro… Bom, deixa pra lá. A vibração era nas costas, no centro, entre a cervical e o buraco dos omoplatas. Um alívio imenso, relaxamento profundo na perna direita. Senti que nada mais faltava, que tudo estava correto e agora ouço todos os sons. Enxergo todas as luzes. Pode parecer uma experiência sobrenatural. E é, ao mesmo tempo que não é devida sua simplicidade. Difícil condensar em um significado único. Me pergunto como é que as coisas se perderam. Penso nos ensinamentos da Amé, no conceito de rinne, na roda, no kanji da revolução, no movimento das células, dos acontecimentos, dos sentimentos, das coisas. E vejo que não há nada além disso. Por isso não há necessidade de explicações. Se é científico, orgânico ou bioquímico. No meio de toda essa confusão mental (capítulo 98 do seriado, em que achava que tudo seria mais fácil do que é de fato no referencial X), me sinto cada vez mais viva. Vi o pinheiro com fundo de pinheiro e a através da janela com um lenço de seda roxo. Isso vicia.


-kikks 2:26 PM

Friday, January 24, 2003

 

Existência
Número de caracteres: 1170


Penso em imagens. Vejo o portfolio da Dani, revejo, me vejo. Linda, vermelha, lolita. O dia que não existiu. Ou melhor, existiu apenas para eu fazer cafuné em uma gata triste, treinar caligrafia sobre uma mesa calma, acender um cigarro, mandar uma mensagem dizendo que eu estava viva, tomar uma sopa de gengibre forte (e depois uma mais fraca, sem precisar reclamar, chorar ou brigar) e ficar solitária. Só existiu para eu tatuar todos os meus músculos, romper a couraça e terminar às três da manhã debruçada sobre uma vitamina de frutas com groselha. O mesmo trajeto, o mesmo farol vermelho, a mesma fachada de neon. E tudo diferente. Algumas notícias, uma exposição sobre sensações. Existi para brincar de reality show, de entrevistadora e diretora. Para eu dizer: LUZ. E ela chegar na metade direita do rosto de um adolescente lindo. Para eu correr atrás de uma cadela fofa e entrevistar deitada no pufe. Por isso, fui a Paris, a Noronha e a Tóquio com o Plínio. Fui ao passado, por Lisboa e Cascais. Trabalhei a noite inteira e ri até às quatro da manhã. Hoje, o dia passou a existir depois de cafuné de gato, café e cigarro, fio de cobre e salada com pargo curtido.


-kikks 8:58 PM

Thursday, January 23, 2003

 

Batmacumba
Número de caracteres: 0



by Felipe (LaChapelle) Morozini


-kikks 8:17 PM

Wednesday, January 22, 2003

 

Vômito
Número de caracteres: 687


Domingo eu disse para o Andy que já poderia virar uma monja. Considerações mil de uma noite mal dormida e da ficha caída. Não preciso de rótulos, de termos de compromisso e muito menos do convencional. Preciso viver, sim (e não adoecer dos olhos, Caeiro aparece na minha vida mais uma vez). Fiquei feliz por saber que uma pessoa pode oferecer vários tipos de prazeres (mas isso é tema para outro post). Hoje, eu vomitei sensações, frases, trabalho, indisciplina, displicência e profissionalismo. Mergulhei na bolha do cansaço. Sem palavras zen. Sem conclusões geniais sobre o universo. Sem psicologia barata ou mantas de cobre. Eu só quero que alguém me dê comida. E um pouco de sossego.


-kikks 1:01 AM

 

Futuro
Número de caracteres: 162


Dani, você precisa fotografar as saborosas.
Eu, Thom, Andy e Li fizemos um pacto ontem.
Brinde.

(apesar de ninguém ter levado a sério, eu estava falando muito sério)


-kikks 1:01 AM

 

Promessa e (e não “é) dívida
Número de caracteres: 1268


Ontem eu fui dormir pensando nas saborosas. O sabor, a cor, as sementinhas, a capa da Big Brasil 2004, as camisetas, as etiquetas, o registro, as caipirinhas. Hoje eu acordei não me suportando. Gritei com o gato (“eu não quero brincar de lutinha”), agüentei calada meu psicólogo dizendo que eu o corrigi a sessão inteira abusando de sinônimos (“não estou nervosa, estou irritada”) e da paciência de Deus e o mundo (esta parte não foi ele que disse, fui eu), chorei um monte e tive a sessão interrompida por um telefonema (e tive a minha voz analisada, porra, eu sei que você é pago para isso, mas me deixa em paz). Quase não comi no almoço, esqueci coisas na redação, saí com 5 toneladas de equipamento no ombro, auto-massagem no carro, e câmera na mão. Descobri que muita gente acordou com a chita hoje. Felipe me salvou com as fotos e guias e imagens de Iemanjá. Tanta coisa engasgada para gritar, espernear e me descabelar. Ok, o dia acabou, graças a Deus e isso é apenas um desabafo. Faz poucos dias que eu escrevi: “Só preciso perder o hábito de ir mais tarde para casa só porque deu uma vontade louca de escrever e pensar na vida.” Acho que preciso de 5 minutos de meditação e muita seda pelo corpo. Promessa. Fiquei na dívida porque hoje é um dia sem condições.


-kikks 1:01 AM

Thursday, January 16, 2003

 

Eu quero o meu psicólogo de volta
Número de caracteres: 626


Eu só queria viver. Era nisso que eu pensava. Descia a rua procurando resquícios de vida nos buracos, a luz acesa no segundo andar, o cara que dorme com um travesseiro de revistas e a mulher que se esconde sob o cobertor de presidiário para que ninguém a reconheça, afinal, ela me disse que não morava na rua quando tentei descobrir porque o cabelo dela estava sempre limpo. Rede, cansaço, acidente, gato, massagem, sono, relax for woman, muita conversa, fichas que caem, medo de pensar no que é de fato, o porquê de algumas atitudes, voltinha na lanchonete, visita, porquinha-da-índia, mais Madame Satã. E, ufa, cama.


-kikks 11:49 PM

 

Cha Cha Cha
Número de caracteres: 0



by Gian Di Sarno


-kikks 11:25 PM

 

Yes...
Número de caracteres: 522


Além desta, existe uma outra ligação possível entre as doenças do coração e a depressão, que pode se dar por meio de um agente químico chamado proteína C-reativa (CRP). O fígado produz normalmente a CRP em resposta a um alerta dado pelo sistema imunológico, quando o corpo está infectado ou ferido, e a CRP está associada à inflamação que resulta de toda ferida. Contudo, por razões ainda desconhecidas, uma pesquisa recente sobre indivíduos depressivos encontrou níveis elevados de CRP no organismo em condições normais.
(Time Magazine)


-kikks 6:46 PM

Tuesday, January 14, 2003

 

O primeiro dia do ano
Número de caracteres: 1844


Muita coisa vivida nos últimos 14 dias. Hoje parei, pensei, refleti o processo, que tem muito a ver com a agenda de telefone passada a limpo, sem número de ex-sogras, ex-cunhadas, ex-amigas, ex-qualquer coisa e prefixos antigos. Por que carregava todo esse peso na minha bolsa? Continuo carregando pesos, os mesmos, alguns muito velhos tipo farpa enfiada na pele, mais conscientes. Fui diplomada ontem pela minha psiquiatra. Acho que saí da nuvem Rosa Neon Transparente (era o nome daquele esmalte Colorama de 1988/89, quando os batons da Coty, todos cintilantes, é claro, tinham nome de músicas dos Beatles e as propagandas de calças jeans serviam de inspiração para qualquer fantasia adolescente). Nem por isso deixei de viver ou de deixar de viver. Coloco o pé no chão, terra, grama, sinto as pedras escorregadias, a água corrente do rio e quase piso na perereca. Desta vez, não tenho medo. Pra que fingir covardia ou rebeldia? Pra que fingir coragem? Os dedos mostram o quanto é eficiente. As palavras aparecem secas e eu ainda lembro do Bonassi entrecortado, do roxo que fica marcado quando o osso bate na quina da mesa. Releio todos os livros. E se pudesse, daria nomes de flores, cheiros, sensações, gostos e cores e luzes a cada um deles. Ou colocaria tudo em um único capítulo sinestesia. Acordo mais disposta, vivo só com bioquímica. Uum dia eu roubo a bíblia-Leningher que minha irmã deixou na estante mofada da casa velha e neurotizo todos os termos. Olhei no espelho e coloquei rímel nos cílios – apenas nos superiores – e joguei Urban Decay na parte de baixo do olho. Mantive a maquiagem natural sem corretivos e joguei a franja para o lado. Pouca coisa mudou e, de alguma maneira, me senti outra pessoa. Só preciso perder o hábito de ir mais tarde para casa só porque deu uma vontade louca de escrever e pensar na vida.


-kikks 11:55 PM

 

Para poucos
Número de caracteres: 548


Fiquei pensando em alguns conceitos, revendo valores, analisando acontecimentos. E foi a essa conclusão que eu cheguei. Tem restaurante que é para poucos, lugares que são para poucos, música para poucos. Tem poucos dias para poucas coisas. Ontem, foi um dos poucos dias em que eu bebi um pouco de vinho. Depois de meses. Poucos presenciaram (ao contrário do que sempre acontecia, festas etc.). Fico feliz quando vejo que os poucos são muitos. Tenho a impressão de que todos os poucos que gostam de coisas para poucos estão por perto. That’s great.


-kikks 4:29 PM

Monday, January 13, 2003

 

Primeiro dia de aula

Amei escrever em quadradinhos, com a postura certa, vendo o equilíbrio das letras. Aprender histórias, sobre as mulheres e a literatura e o pai de Sei Shonagon – e aqui não importa se é ou não lenda porque para mim já é real – resmungando que ela devia era ter nascido homem. O mais legal de tudo é entender a paciência. Não será tão rápido nem tão fácil como eu imaginava.


-kikks 12:24 AM

 

Hoje, o dia passou assim
Número de caracteres: 0



by KIKKS


-kikks 12:21 AM

 

Mogli

Casa na árvore? Lindo restaurante, comida maravilhosa, decoração que é bem Felici Summer, roupa preta com muita farinha, borrachudos em excesso, amei o presente Madame Satã, queria ficar no rio-banheira de hidro, queria ter passado mais tempo por lá porque à noite deve ser absurd, com vaga-lumes no teto (o Xico disse que tinha), rave de sapos... Praia boa, pouco trânsito, pizza de mato na volta. Adoro dias perfeitos, pouco planejados. Vejo as pessoas felizes e fico feliz também. Obrigada pela trilha sonora pré-atraque Scooby. Aquela música que sempre quero ouvir quando tem sol, sorriso e coisa boa.


-kikks 12:13 AM

Friday, January 10, 2003

 

Filho de gato do mato...
Número de caracteres: 0




-kikks 10:12 PM

 

Faz dias que não tomo nada (até cafeína foi quase cortada).
Que porra de droga é essa que meu corpo produz?
Resquícios? Calafrios. Sorrisos.
E coisas que só a minha mente pode perceber.
Vai ver que é só uma dose extra de progesterona.
Hormônios fazem milagres.
I love being alone.


-kikks 4:16 PM

 

Pérolas do Jabor
(alguém mais acha ele insuportável?)
Número de caracteres: 641


O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco.

Então tá. Lá vem ele com seus conceitos loucos. E pessoas enganadas. Porque muita gente, quando fala de amor, pensa em paixão. E vai ser assim pra sempre - na boca de todos. O amor não fala, não se preocupa em quanto tempo vai durar. O amor também geme e não se explica. O sexo também é plenitude. O Jabor é um mala. Eu sempre digo isso e confesso que achava ele o máximo quando eu tinha 17 anos. Ele joga bem com as palavras. E só.


-kikks 3:03 PM

 

Sobrenome
Número de caracteres: 480


"Outra norma que combate o machismo de 1916 define que o marido pode adotar o sobrenome da mulher. Pela regra, apenas a mulher podia adotar o sobrenome de seu companheiro.

Após a Constituição de 1988, a Justiça já vinha conferindo aos homens o direito de adotar o sobrenome da parceira. Mas era necessário recorrer à Justiça para exercer esse direito. A partir de amanhã, o procedimento passa a ser bem mais simples: homem e mulher podem, se quiserem, adotar o sobrenome do outro."
(Folha de S. Paulo)


-kikks 2:40 PM

Thursday, January 09, 2003

 

Eu não vivo sem gengibre.


-kikks 8:16 PM

 

Blá blá blá sensorial
Número de caracteres: 763


Tem coisa mais gostosa que ler embalagem de café, falando por que o tradicional é diferente do suave e por aí vai. O aroma, o quanto ele foi torrado, a mistura de grãos. Ou aqueles releases de assessoria de imprensa de importadoras de perfumes. As notas de fundo de baunilha blá blá blá. Hoje me deparei com um texto sobre vinhos e quase morri, de tão bom que parecia ser. O destaque fica com dois belos tintos Gran Reserva 2001: o Merlot, tânico ainda, mas de aroma e sabor intenso que combina baunilha e especiaria com toques de framboesa e groselhas; e o Malbec, mais complexo e macio, de características similares, mas adicionadas de pinceladas de couro e chocolate, que marcam seu final. É uma frescura do caralho, mas eu adoro ler e sentir cheiros e gostos.


-kikks 3:28 PM

Wednesday, January 08, 2003

 

Saída de emergência
Número de caracteres: 1506


Dar um tempo na minha esquizofrenia. É isso que meu psicólogo sempre mandar eu fazer. Não com essas palavras exatamente. Até porque o termo esquizofrenia só está aqui para bater cartão na minha máquina do exagero. Faz parte do meu personagem que diz o tempo todo “eu vou morrer” ou “só para avisar que hoje eu acordei muito louca”. Voz aguda, risos, risos, ombros tensos, mania, luz, passos rápidos, glitter aqui e lá, micos e poses de gato. Sim, gosto do meu imaginário. E do real. De morar na Antonio Bicudo 214 e ser taxada de Tieta pelo clube da Terceira Idade que habita o condomínio. Gosto de pensar que tem um cara que me deseja, outro que me agrada e outro que nunca na vida vai me desejar. E que nenhum deles faz parte do cenário “meus dois maridos e um filho”. Gosto de pensar que tem gente que ri da minha cara, das minhas histórias e que o meu telefone não pára de tocar. E que, quando quero chorar, tenho um punhado de colos fofos (mesmo que, por dentro, torcendo para a TPM ter um fim). Isso não é mais esquizofrenia. Saindo ainda mais da fumaça e do fogo e caindo no mundo lá fora que é o mundo aqui dentro, me deparo com algumas inseguranças. Com um saco bem cheio. Que se pergunta o tempo todo “por que sempre eu devo tomar a iniciativa”? O que emperra o meio de campo se tem ele e ele e ele e ele que faz isso e aquilo e isso e aquilo. Depois, a contradição de não agüentar mais esperar pelo efêmero. Mesmo sabendo que ele possa durar apenas alguns segundos. E virar a obsessão da semana.


-kikks 9:46 PM

 

Surto
Número de caractares: 520




Eu não acordei insana. Tudo indo muito bem. Consegui dar remédio para o chisai-ko e ainda ficar alguns minutos mimando ele. Fui resgatar o pseudo-perdido cartão de banco, consegui me comunicar com a Taíssa. Até chegar uma mensagem e uma chamada não atendida do Thom (overall). Até chegar uma mensagem de 50 dólares. Andy, I’m gonna kill you. I love you. LOMO POP. Ai, eu quero morrer!!!! Eu ainda preciso responder e-mails e dar telefonemas. Ir ao supermercado, trabalhar o dia todo, resolver coisas e ver quem eu quero.


-kikks 3:13 PM

Tuesday, January 07, 2003

 

Musashi fashion 3
Número de caracteres: 0



by KIKKS


-kikks 3:38 PM

 

Musashi fashion2
Número de caracteres: 0



by KIKKS


-kikks 3:38 PM

 

Musashi fashion
Número de caracteres: 0



by KIKKS


-kikks 3:38 PM

Sunday, January 05, 2003

 

Sissi

Teve o dia em que eu passei no brechó, mandei botar saltos novos em uma sandália bem velha, saí para dançar e me senti muito linda. Teve o dia em que eles esperaram eu sair de casa para fazer um cheesecake escondido, que apareceu na minha frente horas depois com duas velas, e que ele fez uma massa fofa de nirá em forma de coração e eu me senti muito feliz. Teve o dia em que eu me senti muito cuidada, quando o telefone tocou no meio da madrugada e eu ganhei milhares de segundos de massagem. Teve o dia em que me senti necessária, indo dormir depois das quatro da manhã porque tive que dar colo a um bebê. Teve o dia em que eu me senti responsável, quando esperavam a minha chegada, me deram os parabéns, me ofereceram o microfone e eu nem sabia direito o que agradecer (acabei agradecendo a liberdade e a confiança da minha chefe, o esforço da equipe, o diálogo direto e, espontaneamente, deixei o meu umbigo de lado, embora ele, lá do fundo, se manifestasse loucamente, mas isso não era o mais importante). Teve o dia em que botei um vestido e várias pulseiras e aquele outro em que usava uma bota preta dominatrix e muita sombra nos olhos e me senti cobiçada. Teve o dia em que eu sonhei com uma tatuagem vermelha em um dos dedos do pé direito e que resolvi desenhá-la com esmalte da mesma cor das unhas para dar uma volta e senti que tinha um segredo. Teve o dia em que me senti forte, que após tantos dias de tentativa, consegui inserir a agulha no baixo ventre e aguentar quieta o líquido entrando devagar no meu útero e o ardor se espalhar pelo meu corpo. Teve o dia em que apenas tive sono ou medo ou fome, em que me senti incompreendida ou mal-amada, aquele outro em que me senti insegura. Mas esses nem dá graça de lembrar.


-kikks 2:01 AM

 

Mapa

Adorei o mapa detalhado para chegar à família do meu filho. Principalmente a parte abre parênteses e aspas. Bem do jeito que eu gosto. Se tem uma coisa que eu desgosto é me perder. Outra coisa que eu gosto: o Xico sabe disso.


-kikks 1:38 AM

 

Liberty

Fui dar uma volta na Liberdade com a minha sensei. Fofoca em dia, novidades boas, material didático (agora é pra valer) e petit garden (esse conceito me persegue), embalagem com 150. Mais uma daquelas futilidades essenciais. Para ajudar subir o índice do glamourômetro, ainda faltam dois cosméticos e um pouco mais de atitude em alguns aspectos. Dica do Ed.


-kikks 1:31 AM

 

Fotos e fatos

Preciso completar o filme, preciso de um scanner. Preciso colocar algumas coisas em prática.


-kikks 1:29 AM

 

Apelo

Plínio, não consigo falar com você. Por favor, me ligue. Começo a trabalhar na segunda.


-kikks 1:28 AM

Friday, January 03, 2003

 

Back to SP

Tinha quase me esquecido o que era sentir saudade. Mato aos poucos.


-kikks 12:11 AM

 

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