Abrindo o Livro de Cabeceira
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Wednesday, February 28, 2007 .-kikks 7:15 AM
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-kikks 12:28 AM
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-kikks 12:27 AM
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-kikks 12:24 AM
eu gosto de poeira no sapato, na roupa rastros de vida minha caixa: aberta -kikks 12:23 AM
a semana em que o que se sente é muito sentido, em dobro -kikks 12:20 AM
chegando por esses dias... "por que se estudam tantos kamaes?" P. 70 Go Rin No Sho "Não deve haver uma forma rígida ou seqüência predeterminada a ser seguida." -kikks 12:14 AM
Tuesday, February 27, 2007 olhar para sua pele e, através dela, ver outros caminhos, outros corpos, outras pessoas(ou apenas uma) -kikks 9:59 AM
Sunday, February 25, 2007 Amor nos Tempos de CóleraGabriel García Marques -kikks 4:35 PM
e não é arroz é vapor de arroz -kikks 2:46 PM
um pouco de cotidiano legível meu perfume acabou. e nem perfume era... eau bienfaitrice euphorisante quase sem cheiro * enquanto transito pelas estantes KENZOKI procurando algo que fuja do euphorisant fleur de gengibre (o verão está longe), ando descobrindo no meu quarto e nas minhas roupas uma mistura de outono: carpete (azul, horrível), cigarro, chocolate, incensos shinshuko (sem fumaça), poeira (Paris ganha de São Paulo na fuligem), fumaça... restos de tudo que se esconde aqui ou se expressa a partir daqui e não há nada de especial nisso. é apenas a vida dos espaços reduzidos e fechados, sem muito vento * começo a me reconhecer na janela exposta, às vezes, aberta e com vento * na linha madeleines de Proust outro dia eu me deparei com um jornal aberto no metrô que exalava papel vagabundo e tinta. vi meu pai sentado na sala, fumando e lendo jornal e, da cozinha, senti o cheiro da lasanha da minha mãe no forno. hoje, saindo do banho, me enxugando com a toalha impregnada dessa mistura, fui transportada para o andar de cima do restaurante, para as madrugadas (de janelas abertas não importa quantos graus lá fora), os zafus coloridos, o cachimbo e a gata passeando, mordendo de leve a ponta dos meus dedos, onde tudo era macio e molhado. e na rua, às vezes, esbarro com um cheiro de amaciante que eu prefiro nunca descobrir a marca. a primeira vez que toquei o pulôver cinza, ele estava áspero. era um momento da vida, ou um dia da semana, em que não havia amaciante em casa. até hoje não sei (e prefiro não saber) se aquilo é mesmo amaciante (pode ser sabão). só de olhar para aquele pulôver, eu escuto as botas encharcadas de chá de laranja e canela, andando por umas ruas do 20ème sem saber onde estava, a caminho do metrô, do aeroporto, de cruzar o oceano para um futuro longe que me traz aqui de volta. quando estou meio morta, eu vou para o supermercado sentir o cheiro do verão na prateleira de sabonetes líquidos. faço isso quando tenho saudade também. * voltando às prateleiras KENZOKI (sem serifas), fico em dúvida entre flor de lótus e arroz. ando preferindo arroz, acho que o cheiro combina mais com a textura das embalagens. * e voltando um pouco mais atrás, no terreno da sensorialidade estourando as couraças na interação com o mundo volto a misturar a salada de fruta com as mãos -kikks 1:40 PM
Theme Music From "The James Dean Story" Chet Baker + Bud Shank (domingo) -kikks 1:26 PM
Saturday, February 24, 2007 sempre que piso naquele chão de botas eu me perguntocomo é que eu não me lembrava daquele chez moi -kikks 6:29 PM
Friday, February 23, 2007 mesmo que por uns instantestempo de cruzar aquelas pessoas de sempre ou até um amigo de longa data (depois de anos) tomar um café, dois, três um bule de qualquer coisa para depois, sentir o vento chegando e, depois da ventania, o que ela trás -kikks 10:24 PM
Paris leve . . . leva -kikks 10:23 PM
essa coisa de entrar no tempo da cidade deixar que as coisas aconteçam -kikks 10:22 PM
olhar de descoberta
-kikks 10:20 PM
eu nem gosto muito dessa música mas acabou de tocar na rádio e eu lembrei de Kar Wai, de Fallen Angels (ok, o remix é meio podre) -kikks 12:32 PM
Tuesday, February 20, 2007 o corpo não mente-kikks 1:38 AM
tem coisas que ficam lá longe porque são longe e tem outras que tentam ficar longe, mas estão perto sobretudo, as que estão perto (fisicamente inclusive) manifestas ou não intrínsecas -kikks 1:25 AM
26 740
-kikks 12:55 AM
no meio da noite, uma respiração que não é minha. e não há ninguém ao meu lado. falo desse dia, especificamente, os olhos estavam fechados e tocavam algo além do ar, pele invisível , suor suave, impregnado de páginas inacabadas. pele rasgadas, folhas queimadas pela metade. havia sol e um pouco de sal. não sabia que tinha andado pela costa, que olhava o mar. eu não sabia qual era a vista dessa janela, mas podia reconhecer uma certa musicalidade naquele discurso mudo. reconhecia a espessura desse fim de tarde, denso, um pouco de mormaço talvez. você olhava para baixo e via contornos se desfazendo. eu olhava para o céu e me perguntava porque eu sempre fazia aquele mesmo caminho, porque eu não ousava pegar um atalho ou entrava numa rua desconhecida. havia um certo medo ao contemplar as paredes. eu achava que fazia o mesmo caminho, mas estava em outro lugar. mesmo nesses outros sítios, eu escutava a mesma melodia (a costa, o mormaço, a pele com sol e com sal). tentava abaixar o volume, dizia para mim mesma que estava quase quase conseguindo. e, quando achava que finalmente tinha conseguido parar de ouvir aquela respiração, era pela pele que cominucava uma certa umidade. parecia que era tudo a mesma coisa e não era. então parava no meio do cruzamento das linhas para buscar um pouco de ar. tocava, então, de leve, seus cabelos. bem de leve para que não percebesse nem acordasse. mas já estava lá de pé, em meio a tantos afazeres que me aborrecem, movimentos repetidos que eu absorvi de uma certa forma. mudava a ordem um dia ou outro. a fileira de caixas de fósforos, um aceso, brasa morrendo, papel queimado. estava tudo lá, escrito, confessionário de cinzas. cheiro de um sono (sonho?) profundo. eu andava devagar. às vezes, corria. para ver se alcançava essa rota empoeirada. não chegava nunca. tudo continuava tão longe a ponto de quebrar. ossos pequenos e frágeis. linhas interrompidas. lágrimas cristalizadas que rompem num grito da pele. escutas? -kikks 12:25 AM
sonhar com precisão
-kikks 12:25 AM
outro dia eu sonhei que não conseguia segurar a espada com uma mão só
-kikks 12:24 AM
nas letras de outros, leio sobre emoções, sobre trocas e sobre intervalos e nos sons que atravessam meu cotidiano, meninas cantando, tocando, contando suas vidas -kikks 12:21 AM
4 horas na fila... vou ver kabuki! (algumas pontadas localizadas um discurso que vem de longe) -kikks 12:19 AM
Monday, February 19, 2007 só de olhar, o koshi se ajeitafalo de outra postura quando vejo pés descalços de passos que deslizam e de vida também -kikks 11:48 PM
Sunday, February 18, 2007 pergunta pra mim-kikks 12:04 PM
Friday, February 16, 2007 acordei num clima meio nuage flottanteaté consigo escutar a música do filme e ver neko caminhando pelas ruas -kikks 9:53 AM
Thursday, February 15, 2007 a cafeteria de pizarnik virou uma loja de sapatos...-kikks 11:06 PM
quando eu acordei, já estava claro
-kikks 11:06 PM
(A) - está escurecendo (E) - melhor não acender as luzes -kikks 11:05 PM
quero voltar para aquele território úmido, mais de pele do que de papéis, com palavras fáceis, fluidas, soltas, aquele lugar onde não existe pensamento, sente-se, sente-se, sente-se e é só. contradição é algo curioso. são exatamente esses lugares frios e empoeirados, cheios de denominações, que me jogam para o terreno bruto. * ontem achei a beleza da ambivalência (descobri que nunca andei mais que doze passos) e começo a achar um certo prazer meio camuflado no meio de movimentos -kikks 12:59 PM
ambivalência
-kikks 12:58 PM
Sunday, February 11, 2007 queria entender melhor algumas couraças da cidade. fluida, lânguida, mas falta um certo tesão. às vezes, há tesão demais. outras, ela simplesmente se liberta dessas couraças. se deixa, se larga.-kikks 1:14 PM
Friday, February 09, 2007 me lembro de 2002imersão-emersão -kikks 12:16 PM
inflamação de novo (estou cuidando) -kikks 12:16 PM
Thursday, February 08, 2007 carta da Virgínia Woolf, pelo skype, rasgando papéis, da Van, do filmeTo look life in the face. Always to look life in the face and to know it for what it is. At last to know it. To love it for what it is, and then, to put it away. Always the years between us. Always the years. Always the love. Always the hours. -kikks 10:24 PM
abertas, de novo
-kikks 10:12 AM
sempre as janelas. eu ficava tentando ver o que os olhos procuravam lá fora. os vizinhos. a visão de quem está do lado de fora. a tal janela, ela mesma. marcas dos dedos de um desconhecido. a condição da limpeza. e não era nada disso. os olhos apenas procuravam fora o que estava dentro. e o que estava dentro, bem, era o mais difícil de administrar. eu não acredito em medidores de desejo. nem em teorias caducas. não acredito em crenças, mesmo que elas sejam céticas. nesse caso, pior ainda, acredito menos. acredito no que procuram os olhos... -kikks 10:01 AM
Tuesday, February 06, 2007 eu tenho a impressão de que nada nada foi entendidoeu falava do presente ninguém sabe o que vai ser da sua vida na próxima lua cheia -kikks 9:21 AM
Monday, February 05, 2007 em à janela maior do corredor, uma borboleta voava-kikks 11:13 PM
Sunday, February 04, 2007 prefiro não falar-kikks 11:56 PM
Saturday, February 03, 2007 era a LUA-kikks 7:32 PM
acordei no meio da madrugada com uma luz entrando no quarto, gigante, entrando pela janela
-kikks 7:31 PM
mais uma vez, o acervo do museu se reestrura e eu também adoro aqueles corredores perdidos cheios de revistas e letras uma vez, encontrei Fernando Pessoa ontem, foi um manifesto (futurista) * Paris, 11 janvier 1913 "Nous avons un corps et un esprit. Restendre l'un pour multiplier l'autre est une preuve de faiblesse et un erreur. Un être fort doit réaliser toutes ses possibilités charnelles et spirituelles." -kikks 6:40 PM
ensinamento que atravessa águas "Existem katas para olhar, para andar, para falar, para decidir, para resolver, para sentar , para ouvir. Enfim, para tudo." (a assimilação sem a prática, sem o aprendizado do corpo e da pele... é possível) |
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