Abrindo o Livro de Cabeceira
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Tuesday, October 30, 2007 -kikks 11:39 AM
Thursday, October 25, 2007 braços e pernas com alergia. finjo que não sinto. o corpo me lembra:"sou, sinto." hoje, meu dente foi arrancado inteiro — com hora marcada, anestesia, dentista, caixa de remédios, saco de gelo. fico quietinha na cama pensando no porquê de arrancar coisas, de violentar-se. em casa, quieta, muitos DVDs. o segundo da pilha: Hiroshima mon amour "Rien. De même que dans l'amour cette illusion existe, cette illusion de pouvoir ne jamais oublier. De même, j'ai eu l'illusion devant Hiroshima que jamais je n'oublierais, de même que dans l'amour? Comme toi, j'ai essay de lutter de toutes mes forces contre ll'oubli, comme toi j'ai oublié. Comme toi j'ai désiré avoir l'inconsolable mémoire, une mémoire d'ombre, de pierre. J'ai lutté pour mon compte, de toutes mes forces, chaque jour, contre l'hourreur de ne plus comprendre du tout le pourquoi de ce souvenir. Comme toi, j'ai oublié. Pourquoi nier l'évidente nécessité de la mémoire?" (Hiroshima mon amour * Marguerite Duras) -kikks 2:07 PM
havia um incômodo abaixo do ombro esquerdo. algo que estava adormecido esboçava um movimento. depois, do outro lado. respirava. mais um pouco. profundamente desta vez. olhou para cima e o céu estava claro, mais do que o habitual. preciso chegar rápido. não. não era preciso. arremedo de gestos precisos e imperceptíveis. movimento em movimento. uma pequena dor do que está oara se romper. o céu continuava nítido. tão nítido quanto a consciência da abertura de cada músculo que poderia saltar a qualquer instante da pele. romperam-se pequenas manchas. suportaria este prazer desconhecido? por mais nojento que fosse, era algo viscoso que secava lentamente e permitia uma certa leveza em seus movimentos. eu vou, eu vou.
-kikks 2:06 PM
Monday, October 22, 2007 (eu falo de encontros)-kikks 12:18 AM
TERRA ESTRANGEIRA "O lugar ideal para perder alguém ou para perder-se de si próprio" -kikks 12:05 AM
Sunday, October 21, 2007 ![]() -kikks 11:57 PM
Friday, October 19, 2007 volta ao kimono branco-kikks 9:55 PM
v o a -kikks 12:30 PM
de olhos fechados, caminha de costas e se deixa guiar. não há medo, mas uma certa excitação de quem pisa em chão desconhecido. cair no chão de uma maneira que consiga levantar, sem guardar resquícios, mas como quem está na primeira linha. -kikks 12:28 PM
Wednesday, October 17, 2007 -kikks 2:00 PM
Sunday, October 14, 2007 de novo, as mesmas prateleiras de supermercado. eu procurando produtos nas prateleiras, e você me seguindo. estávamos aqui, mas era lá. estávamos lá, mas era aqui. não sei explicar qual era o sentido daqueles corredores abarrotados de pacotes em diversas línguas. eu dizia: "estou partindo em três horas". e não entendia porque vestia um uniforme com o nome do meu país. não havia intervalo no meio do beijo. crepúsculo invadindo a noite, como era possível. as margens do canal davam para a Praia Vermelha no fim da tarde. sempre, sempre o Rio de Janeiro. estranho. lá, se transformava em outro, com aquela entonação e jeito de falar irritante do senhor medalha no peito. mas a camisa cor de vinho xadrez pertencia a um outro outro.-kikks 9:32 PM
escuto histórias que poderiam ser minhas poderia ser qualquer um dos protagonistas em momentos alternados ou os dois ao mesmo tempo (o que pode ser bem pior) -kikks 9:30 PM
on partage
-kikks 9:30 PM
sempre achei estranho quando não havia nem nuvens nem estrelas hoje me disseram que pode ser um momento preciso em que o mundo se abre para o mundo -kikks 9:29 PM
Saturday, October 13, 2007 e no meio de paredes espessas, encontro um velho amigo que quer viver 120 anos. eu disse que me contentava com 99. está bom. falo com uma amiga por paredes finas. com outro amigo, deixo de falar. gosto desta frase de caio: "abraça a tua loucura antes que seja tarde demais". penso se não é tarde demais. e, se fosse, para quem? escuto ruídos de um rádio antigo e pés que não seguem uma valsa. que rastros deixamos? falo de coisas que ficam depois que as folhas caídas foram recolhidas no chão.-kikks 9:58 AM
"Estou liberto e perdido. Sinto. Esfrio febre. Sou eu." O Livro do Desassossego Bernardo Soares/Fernando Pessoa -kikks 9:56 AM
Friday, October 12, 2007 ainda não entendi se os intervalos são cheios ou vazios de vida-kikks 12:27 AM
Thursday, October 11, 2007 pessoas entram e saem. tenho um dente esquerdo raspado e o braço machucado pela pressão de dedos aburdamente íntimos. não sinto nem tristeza nem excitação. vejo desenhos voando pelo galpão de uma escola pública. fazemos planos para cozinha e banheiro, espaço que já foi de separação e que começa a se transformar em terreno comum. vejo uma pilha de livros que não foram lidos, arquivos em branco a serem preenchidos. faço planos a curto prazo. marco compromissos na agenda. descubro novos sotaques. a França se fecha em políticas de DNA enquanto o mundo se abre nos deslocamentos.eu observo movimentos, não os faço, eles chegam até mim. mãos atadas e pernas soltas. um pouco de cumplicidade em olhos desconhecidos. distância cega e dilacerante de olhos que se perdem no tempo. a vida anda tão desesperadamente ao mesmo tempo que a rotina se impõe. como deter o mundo? como não deter o mundo? vivendo. os símbolos são transparentemente óbvios, não é preciso decodificá-los. eles surgem com uma crueza que é a mesma da alma. de um lado, sinto uma superfície gelada. de outro, a pulsação. tranco-me em letras que querem ser humanas e, apesar de nascerem instintivamente, hoje se expressam com a tinta das páginas dos noticiários. algumas coisas vão sendo arrumadas. outras, continuam perdidas. por que as pessoas deslocam a intimidade para as caves subterrâneas? poeira organizada sob um tapete de casas. alguns projetos, mesmo que não óbvios, surgem espontaneamente. outros, acalorados, são engavetados. é possível deixar o que está mais quente na prateleira de baixo. a superfície se derrete com o tempo. minha alma pede apenas um certo conforto. eu não sei como chegar lá, mas a vida se encarrega. -kikks 11:30 PM
exposed
-kikks 11:29 PM
não vi a porta se fechar, estava na cama, de olhos fechados
-kikks 12:10 AM
Tuesday, October 09, 2007 .-kikks 7:10 AM
Monday, October 08, 2007 vitalisme-kikks 1:29 AM
ça fait quelques années que j'ai dit a une personne que jouir et pleurer étaient pour moi la même chose. je me sens plus humaine, dans le sens d'appartenir à une race, comme les animaux. quand j'ai choisi mon directeur, je ne connaissais pas trop bien la raison sensible, le tribalisme, le retour au souterrain, l'instant éternel... mais toutes les fois que je lisais quelque chose qu'il avait écrit, je savais que la compréhension était un peu différente parce qu'elle arrivait avec les sentiments que ses paroles réveillaient. l'intuition, comme toujours. maintenant je peux le comprends avec ma tête aussi. et je me demande si pendant la dernière année je suis plongé dans l'esprit français (et ces paroles, ironiquement, arrivent en français). toutefois, il y a quelques moments dont je me souviens de mes racines. plutôt dans les situations liées au émotionnel, qui me montrent mon essence, ce qui je suis. brésilienne, sauvage par rapport aux sentiments qui existent à l'intérieur. et quand je rencontre le butoh, c'est un retour à mes origines. japonaises ou brésiliennes, peu importe. je comprends plus maffesoli. cette constatation arrive à travers les larmes. pas de douleur, mais la jouissance de l'âme. -kikks 1:01 AM
Sunday, October 07, 2007 escutar os sinais do corpoe os da alma, muito mais do que a racionalidade no orgânico, nas entranhas na essência o animal é espontâneo o homem não tem magia ![]() DAIRAKUDAKAN Maison du Japon 06.10.2007 -kikks 10:43 PM
Saturday, October 06, 2007 ![]() -kikks 12:02 AM
Friday, October 05, 2007 alívio. fazia dias, semanas até que pensava naquela imagem. a ponto de correr risco de vida sem ouvir nada do que ela dizia. sem ouvir os sons da rua. tampouco entender o que era dito. gritou. pediu ajuda. o desconhecido fugiu. fugiu por não entender seu medo. fugiu porque se deparou com o desconhecido. sentimento desconhecido, língua desconhecida, palavras em outra língua. foi-se e deixou, no seu lugar, o alívio. e a imagem. que era um trauma, uma necessidade e um sopro de vida no caminho de volta. só de olhá-la sentia que poderia ser mais uma pessoa no mundo que a conservaria tanto quanto desgastaria. a força da conservação no interior. mas a devastação vinha de fora, como a chuva ou como a poluição. não havia como detê-la. sempre gostara do envelhecido e do usado, daquilo tudo que pudesse contar histórias. na primeira vez, achou que aquela imagem poderia ser um apelo por algo que havia sido perdido ou que simplesmente tinha decidido seguir o seu caminho. depois, não. transformou aquilo em poesia para ela mesma. poesia que, quando lida em voz alta, não era compreendida. não entendia se era ela que estava muda ou se eram as pessoas que se recusavam a ouvi-la. fundiu-se em outros discursos, então, para encontrar respostas para si mesma. depois, passou lá na frente outra vez e viu que seus ossos tinham sido arrancados, que estava tudo limpo. o alívio foi de ter se permitido lançar a vida à morte. e ver que, apesar de tudo, estava lá, com os registros, as imagens e o vazio.-kikks 10:50 PM
Thursday, October 04, 2007 Control no cinema e Joy Division no ouvidoa música não pára.... will tear us apart again |
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