Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





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Tuesday, August 28, 2007

 

RAKUGAKI


-kikks 1:22 AM

Friday, August 17, 2007

 

pele e tatami


-kikks 5:58 PM

 

tire os sapatos antes de entrar



-kikks 5:51 PM

 

todas as referências da minha vida toda em um só lugar. o cheiro da madeira molhada no chão, a água caindo na pia de metal, e letras que, mesmo fugindo à compreensão, são falimiliares. os bares de oshima e as luzes de shinjuku que me fizeram pensar em greenaway. tonalidade pastel e azulejos limpos, uniformes dos livros de infância. gosto da salada, do doce de feijão, do sekihan, gosto de mãos da minha família na cozinha. vozes distantes no telefone. rostos de desconhecidos que parecem conhecidos. livros que se movimentam ao som de músicas suaves e do pachinko ensurdecedor.

se antes era o passado ou o futuro.
agora é o presente.

entendo o que é sentar em um jardim de um mundo que amanhece antes de todos os outros mundos (apesar de eu ainda não tê-lo visto amanhecer), de passar a tarde na varanda porque é quente demais, de esperar o sinal do vento e, quando ele chega, observar a força do invisível.

irashaimasse


-kikks 5:42 PM

 

à noite chega uma garoa bem fina, kaze (discreto) e algum grilo no jardim


-kikks 5:39 PM

Thursday, August 16, 2007

 

(cada vez mais longe)


-kikks 7:58 AM

Wednesday, August 15, 2007

 

formigamento na alma


-kikks 6:22 PM

 

que ninguém saiba disso
(acho que todos sabem)


-kikks 6:19 PM

 

carregava aquelas sacolas como se fosse a última vez. é a última vez.

vou voltar outra.


-kikks 6:18 PM

 

a luz que chega depois da chuva é sempre a mais bonita, deixa um brilho específico nas ruas, misturado ao chão molhado. amortece a alma com um certo conforto daqueles que sabem que vão chegar em algum lugar, encontrar uma mesa posta, um chá, um pote de geléia a espera. ou então que algo muito especial está para se configurar. a rigidez vai se derretendo devagar. vai secando como lágrimas de quem acaba de perceber que a tristeza foi embora. passou. parece até que só se comporam para deixar um rastro na pele. limpar com a ponta dos dedos que se movimentam sem nenhum peso. assim como chega, vai embora devagar.


-kikks 6:17 PM

Tuesday, August 14, 2007

 

viajo carregada e vou ficando pelos cantos,
rastros que em mim deixaram sendo distribuídos em movimentos sutis

viajo carregada de passado, com a memória vazia do que não conheço
vou buscar-me numa árvore, em um muro de celeiro destruído pelo fogo

viajo para o lugar de onde eu vim
antes mesmo de saber que viria


-kikks 7:07 PM

 

subi até o primeiro andar e achei que seria mais nítido ver algo daquela janela, mesmo que ela desse para os fundos, para uma gráfica parada.

para a noite.

vi de longe
ouvi de longe

você é do tipo que não deixa rastros
(falo apenas dos que são visíveis)


-kikks 6:06 PM

 

voltando aos meus "lixos cotidianos", hoje, eu encontrei um número.

323 * às 16h05

não cheguei a utiliza-lo e seus amassados fazem parte de uma história muito mais real do que bela. poderia ser mesmo bela, afinal, não é todos os dias que saio com envelope na mão rumo à Place de Fêtes.


-kikks 5:53 PM

 

eu + mulher da nota de 5 mil yens
(não poderia ser minha tia avó?)



-kikks 4:45 PM

 

não conseguiria viver sem meus lixos cotidianos


-kikks 4:44 PM

Sunday, August 12, 2007

 

Shikishima no Yamato-gokoro o hito towaba
Asahi ni niou yamazakurabana


*


Ecoute! ce qu'est l'âme du Yamato par Shikishima,
c'est le cerisier de montagne en fleur quand ses couleurs frémisent aux rayons du soleil levant



-kikks 11:13 AM

Tuesday, August 07, 2007

 

YAMATO


-kikks 4:09 PM

 

(alejandra y la noche)

"sólo la sed
el silencio
ningún encuentro

cuídate
cuídate de la silenciosa en el desierto
de la viajera en el vaso vacío
y de la sombra de su sombra"



-kikks 5:57 AM

 

começar pela última linha


-kikks 4:28 AM

Sunday, August 05, 2007

 

"Escribo como detrás de uma vitrina."

Alejandra Pizarnik

24 de agosto de 1996
Saint-Tropez


-kikks 10:41 PM

 

LIVRAMENTO


-kikks 10:37 PM

 

(Bernardo Soares — Fernando Pessoa)
O Livro do Desassossego

"tardes demoradas de verão"

"monotonia do entardecer"


-kikks 10:36 PM

 

(de Alejandra Pizarnik)


11 de diciembre de 1961 — Paris
"Aprender a tocar los objetos, acariciarlos como quien conoce longamente sus misterios."

10 de agosto de 1962 — Paris
"Pero te recuerdo. Aquí te recuerdo. Abrazado a mi memoria. Mirando de trás de mi mirada.

Mi silencio es mi mascara.

Por eso te escribo en un idioma que no conoces. Nunca me lierás y nunca sabrás de mi amor."


-kikks 10:31 PM

 

pernas muito longas e ínfimos passos perseguindo a minha própria sombra.


-kikks 10:31 PM

 

me deparo com processos e reflexões de outros. quero que dure mais que alguns instantes a claridade sobre uma página de livro. e que o livro dure para sempre. hoje eu me senti em um filme de Naruse, andando muito devagar para não sentir o movimento do mundo.


-kikks 10:26 PM

 

talvez não saiba (nem eu mesma)

.
.
.

que eu não volte ou que eu não fique


-kikks 10:25 PM

Friday, August 03, 2007

 





















a solidão é só minha


-kikks 2:44 PM

 

havia um certo conforto naquela luz que não tinha dono. ela na direção da pedra, meio acostada. estava ainda com sangue na cabeça. quero correr. ficou estirada no chão. com o que teria sonhado hoje? não lembra, nunca lembra. seu inferno é confortável, tem um vapor translúcido. quero evaporar. a lista de não quereres, no entanto, era a maior naquele dia. onde havia enfurnado todos os seus desejos. existiam eles? ainda não conseguia se mover muito. quem sabe passar o dia a espera. o que queria encontrar? na sua cabeça, algo divinamente se revelaria, bastava estar lá. mais de uma hora de pensamentos cruzados. sintonia. sinfonia. mais uma hora se passou e o corpo imóvel, olhando ora para a direita, olha para a esquerda, acompanhando o movimento das pessoas que passavam a sua frente como um gato que sutilmente se aconchega. obedecia apenas o seu corpo e ele não se movia. tirou o casaco. sentiu uma, duas fisgadas de sol, um pouco de vento abrandando a pele e a pedra sob os quadris. pés descalços, um certo mormaço e a sensação de que passaria a vida naquela calçada, queimando um cigarro atrás do outro, esperando a noite chegar, esperando o vento frio da madrugada, a luz cinza das primeiras horas da manhã. ficou.

Buttes Chaumont, Paris
agosto de 2007



-kikks 2:25 PM

 

depois de 15 anos
é o real que inspira os desvaneios


-kikks 2:24 PM

 

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