Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





Livros

Livro 1
Livro 2
Livro 3
Livro 4
Livro 5
Livro 6
Livro 7
Livro 8
Livro 9
Livro 10
Livro 11
Livro 12
Livro 13
Livro 1b
Livro 2b
Livro 3b
Livro 4b
Livro 5b
Livro 6b
Livro 7b
Livro 8b
Livro 9b
Livro 10b
Livro 11b
Livro 12b
Livro 13b
Livro 1c
Livro 2c
Livro 3c
Livro 4c
Livro 5c
Livro 6c
Livro 7c
Livro 8c
Livro 9c
Livro 10c
Livro 11c
Livro 12c
Livro 13c
Livro 1d
Livro 2d
Livro 3d
Livro 4d
Livro 5d
Livro 6d
Livro 7d
Livro 8d
Livro 9d
Livro 10d
Livro 11d
Livro 12d
Livro 13d
Livro 1e
Livro 2e
Livro 3e
Livro 4e
Livro 5e
Livro 6e
Livro 7e
Livro 9e
Livro 10e
Livro 11e
Livro 13e
Livro 1f
Livro 2f
Livro 3f
Livro 4f
Livro 5f
Livro 6f
Livro 7f
Livro 8f
Livro 9f
Livro 10f
Livro 11f
Livro 12f
Livro 13f
Livro 1g
Livro 2g
Livro 3g
Livro 4g
Livro 5g





Monday, February 25, 2013

 











12 anos separam o inverno do verão, a madrugada nos Jardins do alvorecer em Laranjeiras. a recaptação de serotonina guiada por processos diferentes - das pílulas para a pele. a luminária virou luz entrando pela janela. o excesso de tinta no cabelo não existe mais. em 2001, eu era guiada pelo desafio e pela ansiedade. melancolia alternada com excesso de prazer. minha obsessão era o outro. hoje busco incessantemente algo que talvez nunca encontre e o outro me reflete em seu olhar.


-kikks 12:16 AM

Monday, February 18, 2013

 

na caixa de correspondências, alguns envelopes ainda fechados.

teve medo de abrir.

ler a palavra 'saudade' em contextos diversos.
para destinatários diversos.

recolhimento de palavras entupidas.
marcas de dedos pelo corpo.
o olhar voltado para o chão, para a parede, para a janela do ônibus.

o suor escorrendo, alguns fios de cabelos grudados.

a menina da música fazia um brinco.
mas o que ela carregava nos peitos era um grande colar.


-kikks 12:47 AM

 

o estopim era uma única palavra:

PRIVÉ

dizia a placa na porta.

era um aviso geral, mas tocou fundo na alma.


-kikks 12:39 AM

 

pediu que continuasse falando baixo até poder não escutar mais essa voz.

pediu que fechassem a porta.
sem trilha sonora.
um pedido quase de quem não quer nada.

*

quando mais nova, achava que era uma praga ou maldição.
podia começar em abril ou maio.
o clímax era em junho, julho.
às vezes, perdurava até agosto.

encontrou uma explicação provisória em Haruki Murakami
"no aquário das minhas memórias é sempre fim de outono".

depois entendeu um pouco mais e ganhou até nome científico.

no outro hemisfério, a tortura poderia começar em outubro.
e fevereiro era tempo de arrancar a tinta da parede.


*

há cinco anos, descobriu uma outra recorrência.
ou conjunção astral, whatever.

rodou a baiana em tantas línguas que achou que o destino seria Saint Anne.
e se fosse, seria grande a ironia porque era sinal de mais pura sanidade.
de pureza, de refresco de alma, de liberdade.




-kikks 12:38 AM

Monday, February 04, 2013

 

saudade do meu baú
assim como sei que terei um dia
saudade dessa varanda
com cheiro de noite e barulho de chuva


-kikks 3:33 AM

Saturday, February 02, 2013

 

reminiscência sonora

o prenúncio do anúncio da SNCF


-kikks 12:14 AM

 

é lindo o que minha amiga dizia

vá, mesmo que for para comprar laranjas e croissants pela manhã

ela que solidariamente acompanhou toda a dor de uma das minhas partidas

de meio dia às duas, os sinos das sinagogas entoavam casamentos

enquanto eu fechava a porta e descia as escadas com cuidado
para os saltos não denunciarem minha alma completamente déchirée


-kikks 12:01 AM

Friday, February 01, 2013

 



sinto nos ombros o exato peso das portas verde do edifício
sinto a melancolia ao abri-la em manhãs geladas
o conforto de fechá-la em noites em que chegava acompanhada

a fina chuva do lado de fora, o cheiro do tabaco no carpete
com apenas uma fresta da janela aberta
e o incenso queimando

queria as grades que faziam metade da minha janela mais segura
e meu pequeno baú que continha todo o sentimento do mundo

pensei que poderia caminhar com ele por aquelas ruas
uns três meses assim despretensiosamente

levar para aquele espaço uma nova história

não importa onde eu estiver, com quem estiver
será sempre lá a grande referência de chez moi 


-kikks 11:52 PM

 

o livro 'proibido' de Mme. Beauvoir em mãos

une morte très douce

tinha prometido que só leria 'depois'


-kikks 11:51 PM

 

Powered By Blogger TM
Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.