Abrindo o Livro de Cabeceira

estado bruto * estado puro





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Wednesday, July 30, 2008

 

são coisas que estão embaixo da pele, debaixo do que está em baixo, intocáveis, invisíveis. nadamos na mesma água, fomos ninadas com a mesma cantiga, que agora é cantada por outra menina para outra menina — elas, que também se abrigam na mesma caverna. elas e suas bonecas, com a mesma cantiga que veio de longe, atravessou o oceano em um navio, brigando. e havia o sonho. assim como nossas travessias pelo ar. você acredita em Deus como se fosse tudo. eu fico tentando esvaziar, em busca do nada. eu posso achar você cega e você pode me achar perdida. dá na mesma. passos, tombos, dores iniciais. e todos os outros, incluindo criações mais complexas que um colar de miçangas.


-kikks 10:39 PM

Tuesday, July 29, 2008

 

pés dormentes


-kikks 11:24 PM

Thursday, July 24, 2008

 

há muitos anos, eu chamava este portal de vigésima quinta hora. eu tinha acabado de conhecer Chen Lingyang, a solidão de um corpo imenso nos tetos de uma cidade. parecia Nagiko escrevendo em cima de um prédio. eu e pedaços de minha alma se espalhando pelos cantos como poeira para, ao juntarem-se ao ar depois de dar um passeio sobre os tetos de prédios baixos, deslizassem como uma massa uniforme e invisível. a vigésima quinta hora tinha imagens e silêncio. não tinha troca. foi assim que as letras começaram a esvoaçar.


-kikks 5:55 PM

Tuesday, July 22, 2008

 

da sobra
vida que sobra
de sobra


-kikks 4:13 PM

Wednesday, July 16, 2008

 

quero ler a palavra e todos os espaços que existem entre as suas letras. quero escrever até cansar e chegar na não-palavra. quero saber qual é o nome disso que eu sinto e que parece não ter nome. escrita fluida e transparente. pena deslizando sobre o papel. teclado no ritmo da respiração. erros de digitação, caligrafia espontânea, rascunhos vivos. pensamento não elocubrado. clareza de intenção. sugerir, sentir e transpor para o papel e para a tela a minha pele, o que existe em todas as suas camadas, em sua superfície e o que ela esconde. tocar pontos ínfimos da alma. para que a distância do oceano seja percorrida como alguém que atravessa a rua. transformar a ausência do toque em carícia íntima.


-kikks 7:13 PM

Monday, July 14, 2008

 

existe uma mulher que mora no quarto andar. o prédio em frente ao dela também vai até o quarto andar. há até um outro piso em cima deste, que fica sob o telhado e onde, antigamente, moravam os empregados. na imaginação dela, este quinto andar é um piso de verdade. há outros mais construídos sobre ele, como nas grandes cidades, e elevadores para transportar sonhos.

no prédio da frente, há um vizinho que mora neste quinto andar. ela não consegue enxergá-lo direito porque ele tem janelas cujas persianas regulam sua transparência. isso dá um ar sério a ele, o vizinho. mas o fato de ela poder vê-lo através de frestas faz com que a mulher enxergue principalmente pedaços de janelas abertas. há dias em que ele abre as janelas integralmente e é possível vê-lo em sua totalidade. na imaginação do quinto andar existem também rumores. rumores de que a casa possui uma janela que não tem vista para lugar nenhum. apesar de parecer um canto confinado, trata-se do cômodo mais transparente de todos. é ele que abriga toda a abertura que ele tem para o mundo. pois o vizinho também tem imaginação.

como as janelas da mulher estão sempre abertas, ele pode ver a alma dela por completo. e tocá-la, mesmo que os prédios estejam separados por uma rua de concreto.



-kikks 3:31 PM

 

não existe aqui ou lá
existe aqui e lá


conciliação em vez de rupturas


-kikks 3:30 PM

Thursday, July 10, 2008

 

meu universo reduzido com janelas ampliadas


-kikks 7:13 PM

Wednesday, July 09, 2008

 

eu costumava dizer "despedaçada", mas resolvi fazer uma pequena modificação para "esparramada". isso me dá um pouco mais de mobilidade. espaço para transições sutis.


-kikks 8:14 PM

 

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